27 de mai. de 2012

NOSSO POMAR

Na minha infância, morei numa grande roça, com árvores frutíferas e espaço suficiente para brincar. Fui muito feliz, porque sou o penúltimo de uma família de cinco irmãos homens e, em razão disso, tive a atenção não só dos meus pais, como dos manos mais velhos, que eram de diferentes idades, do antepenúltimo para mim, a diferença era de sete anos.

Meu pai cercou uma área bem grande de terreno e começou a cultivar variedades de plantas. Ele era funcionário público federal e aos sábados e domingos, não trabalhava, ficava no quintal a cuidar da platação. A cerca que ele projetou era de arame farpado. A frente dava para a saída principal e no fundo tinha um portão de acesso à casa de minha avó. Foi colocado, nesse portão, luz elétrica e de dentro da nossa casa ligáva-se a luz do portão através de um interruptor. Possuíamos, na época, um cãozinho, que anunciava qualquer situação estranha no quintal. Foi feito também um quiosque para nos reunirmos.

Pela manhã, eu já acordava com o desejo de brincar no quintal. Corria de ponta a ponta: subia nos araçazeiros, saboreava os seus frutos; no sapotizeiro; no abacateiro e até nas imensas jaqueiras que existiam dentro do terreno. Certa ocasião,  pela manhã, bem cedo, fui ao fundo do quintal e verifiquei um saco de linhaça que se bulia com alguma coisa no seu interior. Chamei um dos irnãos e mostrei, ele apalpou e constatou que eram duas galinhas, que tinham sido roubadas de alguém e como o cachorro latiu e o meu pai acendeu a luz do portão, o ladrão que deveria estar dentro do nosso terreno, se assustou e voltou ao seu local de origem, deixando o precioso furto conosco. Uma das galinhas estava até para botar um ovo! 

2 comentários:

  1. As boas lembranças da infância são gostosas, enriquecem a vida da gente e eternizam as pessoas que fizeram parte da nossa vida e que foram fundamentais em nossa história!
    Que nostalgia...
    Bjs e parabéns.

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    1. É isso mesmo filha! E que saudades eu tenho, não somente quando eu fui criança, mas quando vocês também foram. Gostaria que tudo isso voltasse a se repetir, como não é possivel, eu curto, no lugar de vocês, meus netos e netas!

      Um beijão!

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