15 de mai. de 2013

O MUNDO SERIA DIFERENTE

Se a mocidade soubesse,
O que a velhice viu e vê,
Seu comportamento cresce,
No seu virtual e no seu viver.

A mocidade tem a força que merece,
A velhice tem o seu saber,
Que traduzidos numa prece,
Pede a Deus para melhor crescer.

O moço é mais arrogante,
O velho é mais prudente,
Mas, todos dois são brilhantes,
Em toda sua fase existente.

A mocidade é mais conflitante,
A velhice é mais complacente,
São duas fases elegantes,
Que ocorre com toda gente.

A mocidade é alegria vibrante,
A velhice algumas tristezas somente,
A mocidade tem convívios mutantes,
A velhice amizade permanente.

Por isso, traduzo o que merece:
Que o mundo seria bem diferente,
Se a mocidade mais soubesse,
E a velhice pudesse sempre!

13 de mai. de 2013

COMO

Como, que houve, por quê?
Tu me deixaste sozinho,
Sem ninguém, sem te ter,
Sem amor, sem teu carinho.

Por que, que houve, como?
Tu não disseste o por quê,
De tu ter me tirado o sono,
Que eu não consigo entender.

Eu sofrerei como qualquer,
Todo esse mês que estamos,
Mas, quando a primavera vier...

Como acontece todos anos,
Tu viverás como minha mulher,
O ano todo, todo ano e como!

12 de mai. de 2013

UM MATADOR

Um matador não tem nenhum amor,
Não deve viver dentro da sociedade,
Se algum dia ele estuprou ou matou,
Tem que responder por sua penalidade.

Um matador nunca se conformou,
De viver em paz com a sociedade,
Como disse: se ele estuprou ou matou,
Tem que viver isolado da comunidade.

A justiça já perdoa se menor ele for,
O que entendemos que, na verdade,
Ele não tem consciência do que praticou.

Se não tem consciência, não raciocinou,
Vai cometer outros crimes por perversidade,
Como deixá-lo livre, se ele é um matador? 

5 de mai. de 2013

TRANSITO DO TRABALHADOR

Tudo na vida continua indo e vindo,
Não como o transito de Salvador que parou,
São os carros constantes que estão assumindo,
A direção da nossa cidade,sim Senhor.

O trabalhador levanta cedo, ainda sai dormindo,
"A fim de ganhar o pão que o Diabo amassou",
E chega mais tarde no trabalho, refletindo,
Como justificar ao patrão porque se atrasou.

Quase sempre é assaltado por ladrão menino,
Com arma no seu rosto com maldade, com rigor,
Depois foge correndo tranquilo, sem destino,
Se preso confessa: não foi ele que assaltou.

Porém, a lei é intocável na atualidade,
E perdoa logo a infeliz criança que roubou,
Justificando que ele é de menor idade,
Pode roubar e até matar o pobre trabalhador.

Que fica com medo e saudade de sua comunidade,
E só lamenta porque dela, um dia, se afastou,
Para poder trabalhar e se sustentar nessa cruel cidade,
Só pede a Deus para voltar pra seu tranquilo interior!
  

2 de mai. de 2013

DECLÍNIO DA VIDA

Lembro-me bem daquelas festas de terreiro,
Que eu chegava sempre alegre e o primeiro,
Para ficar bem coladinho ao meu amor,
Criança linda, bela como uma flor.

Ouvia o canto do primeiro boiadeiro,
Que transitava nessa hora e bem fagueiro,
Para mostrar que era um bom cavalgador,
Infelizmente, tudo isso, nesta vida terminou.

Agora eu vejo que naquele tempo sobranceiro,
Eu tinha a Rosa do Ranchinho e do roceiro,
Mas, a flor que era tão bela, se acabou.

Também eu, que era bonito e altaneiro,
E que sempre quis ser o primeiro,
Fui o primeiro nesta vida que murchou!