27 de fev. de 2015

PREOCUPAÇÃO DE MÃE

Os meus primeiros nove meses,
Foi pra pensar tanto quanto em mim,
Como fiquei engordando tanta assim,
Lamentava sempre e muitas vezes.

Depois, quando esse tempo passou,
Não liguei mais para mim, também,
É que um lindo e novo ser modificou,
Para eu amar e muito mais, além.

E a preocupação tomou nova dimensão,
Não lembro mais de mim em nenhuma ocasião,
Aquele que eu produzi e coloquei no mundo,
Pra ele depositei o meu amor profundo.

Como me sinto feliz por ele ter nascido,
Como me sinto feliz por ele ter crescido,
Crescido com perfeição, saúde e paz,  
Sua vinda ao mundo, trouxe felicidades demais!

23 de fev. de 2015

PREOCUPAÇÃO DE PAI

Nosso filho nasce, que sabor infindo,
Perpetuamos a nossa espécie, sim senhor,
E as nossas preces lá no céu vão subindo,
Para protegê-lo com alegria e com sabor.

Tão rápido ele cresce, a gente vai curtindo,
Na certeza que Deus seja o seu eterno protetor,
As intempéries que, por acaso, vão surgindo,
Não destroem a esperança desse nosso amor.

Adulto, realizado, agora podemos descansar,
Qual nada, é sempre a mesma preocupação,
Como ele está e como ele vai se comportar,
Nessa desconhecida e preocupante atribuição.

Se, por acaso, viaja, aqueles dias ausente,
Correspondem a uma dolorosa obsessão,
Como se fossem, para sempre, eternamente,
Sem descansar do pai, seu velho coração!

20 de fev. de 2015

O PASSEIO

Quando viajamos à passeio,
O nosso único e principal anseio,
É curtir lugares que não conhecemos,
Muita coisa gostamos e aprendemos.

Tudo em volta é bem diferente,
Que empolga mesmo, muito a gente,
Pra contar, a todos, quando voltar,
Porque , quase tudo, há de lembrar.

É muito prazeroso e salutar, portanto,
Sorrir, brincar e esquecer o pranto,
De quem chorou, sem poder viajar,
Ao voltar, quanta coisa ele vai escutar.

E, ao retornar, a tristeza está presente,
Que assusta todo mundo e toda gente,
Porém, o que nos consola, no entanto,
É voltar a rever aqueles que amamos tanto!

1 de fev. de 2015

A MANGUEIRA

Aquela linda mangueira,
Que eu plantei no meu quintal,
Cresceu bonita e fagueira,
Tomando proporção normal.

Ela foi a pioneira,
De toda a plantação inicial,
Cresceu sublime e altaneira,
Filha do Horto Florestal.

Viu um dos filhos nascer,
Enquanto crescia também,
Chegou o dia dela morrer,
Não obstante eu querer bem.

É porque, na sua altura,
Quebrava o meu telhado,
Sua raiz com fissura,
Suspendia passeio ao lado.

Gosto muito da agricultura,
Por isso eu tenho um quintal,
Perdoe-me pela loucura,
Em cortar a planta afinal!