2 de out. de 2018

POVO POBRE DO SERTÃO

Eu sou filho lá do sertão,
Quis vir pra cidade morar,
Pois lá não tinha emprego não,
Vim pra cidade me empregar.

Vejam só; a minha alimentação,
Era junto à vaca a amamentar,
Dividia a gostosa e total refeição,
Com seu bezerro que estava a mamar.

A vaca se irritava, com razão,
Vendo seu bezerro a lhe cabecear,
Eu lhe dava um pouco de capim, então,
Para ela poder, a divisão, aceitar.

Na cidade, não encontrei alimentação,
Nenhum emprego para eu trabalhar,
O que encontrei , foi muito ladrão,
Que queria minha sandália roubar.

Essa sandália, não desfaço dela não,
Há um grande motivo para eu contar:
É do couro do pai do bezerro, em curtição,
Que deu a vaca leiteira que esteve a me cuidar!

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