Ele se internou para fazer uma simples cirurgia de apêndice. Mas, como não tinha um bom plano de saúde ficou numa enfermaria composta por quatro pacientes. Todos do sexo masculino. Um se localizava na extremidade do salão retangular e seria submetido a hemodiálise; outro se dispunha no centro do compartimento e estava prestes a fazer uma cirurgia no´fígado e o terceiro, ao seu lado, junto à janela, doente de câncer na próstata, em fase terminal. Apesar das várias posições para se instalar, ele e os demais, que não estavam autorizados a se levantar, se conformavam com as respectivas posições, sem poderem descortinar a rua. Contudo, o seu vizinho, acometido da maldita doença, tornava para ele os dias mais agradáveis, pois, estando junto à janela, transmitia tudo que se passava fora. Falava das belezas vistas daquela posição. Certa ocasião ele descreveu um desfile escolar, com as crianças todas fardadas com os emblemas das escolas, descreveu que tinha muita gente assistindo; em segida um desfile militar; por último transmitiu um belo cortejo de pessoas vestidas com roupas antigas, acompanhadas do rei e da rainha e um palhacinho a fazer gracejos. Isso era diariamente e o nosso amigo ficava realmente deslumbrado e com desejo inconteste de olhar a rua.
Os dias se passaram e o seu vizinho teve que ser operado vindo a falecer.
Todos ficaram muito sentidos, principalmente ele que podia saber, diariamente, o que estava se passando lá fora.
Constrangido, mas querendo ficar naquele local privilegiado, pediu a enfermeira de plantão, que lhe trnsferisse de lugar, pois daquela posição ele poderia ver toda a avenida. A enfermeira então lhe disse que daquela janela ele não veria nada, só um terreno baldio desabitado. Ele então falou que não poderia ser já que o seu antido vizinho vinha informando tanta coisa bela, que por lá passava e ela lhe indagou: quém?ele respondeu: o Sr que faleceu há dois dias. Ela disse: não pode ser, Ele era cego!
Os dias se passaram e o seu vizinho teve que ser operado vindo a falecer.
Todos ficaram muito sentidos, principalmente ele que podia saber, diariamente, o que estava se passando lá fora.
Constrangido, mas querendo ficar naquele local privilegiado, pediu a enfermeira de plantão, que lhe trnsferisse de lugar, pois daquela posição ele poderia ver toda a avenida. A enfermeira então lhe disse que daquela janela ele não veria nada, só um terreno baldio desabitado. Ele então falou que não poderia ser já que o seu antido vizinho vinha informando tanta coisa bela, que por lá passava e ela lhe indagou: quém?ele respondeu: o Sr que faleceu há dois dias. Ela disse: não pode ser, Ele era cego!
Muito bom! Cheguei a ficar arrepiada...
ResponderExcluirFilha Heloisa:
ExcluirViu só o que pode acontecer com a mente humana? É só ficção mas poderia ser real. De qualquer forma é interessante.
Obrigado pelo elogio, professora!