Costumávamos passar as férias de fim de ano, numa comunidade denominada Cacha Pregos - Itaparica - Bahia, onde a população, na sua maioria , é constituída de pescadores. Os veranistas como nós, são pessoas originárias da cidade do Salvador, Feira de Santana, Nazaré das Farinhas, Santo Antonio de Jesus, Conceição do Almeida, Cruz das Almas e muitas outras localidades do interior baiano.\
A praia é bem agradával, embora que no fim de ano, a afluência de pessoas é muito grande, não oferecendo certa tranquilidade àqueles que buscam sossego depois de um período anual de trabalho. Em razão do exposto,começamos a frequentar a Ponta da Ilha, próximo ao local e bem menos frequentada. Estava deserta no meio da semana do mês de janeiro de 1983, com a presença exclusiva dos nossos familiares.
Essa praia oferece uma estrutura oceonográfica linda, pois, em razão de constante correnteza formam-se belas e aprazíveis coroas, que permitem, quando baixa a maré, à sua travessia. Atraído por essa beleza fomos a uma das coroas, eu, mulher, cunhada e cinco filhos, quatro do primeiro casal e um do segundo, cuja idade variava entre quatorze e um ano.
As marés de vazante não oferecem grande perigo, o mesmo não acontecendo com as de enchente, pois impedem que as pessoas se equilibrem dentro d´água, mesmo se estiverem os pés no chão. Na referida data, às dez horas, sob um lindo sol, lá estávamos improvisando uma série de brincadeiras, desde o futebol até o jogo de malha. Depois de um intenso exercício, quando a atenção nos faltou, pois nesta mesma noite seria lua cheia e como tal, as marés enchem com rapidez. Quando resolvemos retornar não havia mais possibilidade, a não ser a nado. Dois filhos do primeiro casamento e a irmã de miha mulher conseguiram atingir o outro lado com certa dificuldade. Os outros menores, eu, minha companheira e o neném ficamos juntos. Procurei a parte que julgava rasa e já estava me encobrindo. Os pequenos agarraram-se a mim em forma de desespero, a companheira entrou em pânico. Eu teria que levar o caçulinha, de um ano de idade, nos braços, se pudesse passar andando. Do outro lado só tinha os outros descendentes impossibilitados de nos dar alguma ajuda. A proporção que eu buscava uma saída, mais distante ficava o lado oposto e mais fundo ficava o mar. Em determinado momento, no desejo de resolver parte da situação, simulei que ia atravessaar a nado e encorajei os dois filhos que estavam abraçados à minha perna. Vamos nadem, vocês conseguem! Assim mesmo o de oito anos sentiu dificuldade na travessia e quase que eu me jogo no mar para socorrê-lo. Contudo gritei para os outros que o socorressem, quando percebi que minha cunhada já se aproximava do mesmo. Sanada a situação, respirei fundo: graças a Deus meus filhos estão fora de perigo! Mas, como atravessar com o menor de um ano? Só dispúnhamos de uma boia de isopor pequeníssima, que mal dava para ele colocar parte do corpinho. Desesperado, pois tínhamos que atravessar de qualquer maneira sugeri à minha cara metade: coloque o nosso filho na boia e vamos. Eu faço a cobertura! Ela, com o olhar de espanto, obedeceu... E nos lançamos n`água contra a correnteza. A princípio nadei ao lado dos dois atentamente, quando ela me falou: siga amor, vá embora que nós estamos bem. Nadei desisperadamente a fim de alcançar o outro lado e poder, de alguma forma, ajudá-los, porém , condicionado pelo cansaço e pela emoção, rodopiei sobre as águas sem nenhuma resistência. Tentei boiar, mas não consegui. Ela e o nosso pequenino se equilibravam milagrosamente, sem nenhuma proteção aparente, rompendo a força da maré, a pouca distância de mim, como se as velocidades despendidas entre nós fossem equilibradas. Ainda na incerteza de sermos salvos, lembrei-me de Deus e ele estava presente, então percebi que os meus pés já tocavam na areia, contudo sem poder manter o devido equilíbrio, enquanto mãe e filho continuavam flutuando como ninguém, salvos pelo instinto de proteção que Deus criou em todos os animais quando existe amor materno!
A praia é bem agradával, embora que no fim de ano, a afluência de pessoas é muito grande, não oferecendo certa tranquilidade àqueles que buscam sossego depois de um período anual de trabalho. Em razão do exposto,começamos a frequentar a Ponta da Ilha, próximo ao local e bem menos frequentada. Estava deserta no meio da semana do mês de janeiro de 1983, com a presença exclusiva dos nossos familiares.
Essa praia oferece uma estrutura oceonográfica linda, pois, em razão de constante correnteza formam-se belas e aprazíveis coroas, que permitem, quando baixa a maré, à sua travessia. Atraído por essa beleza fomos a uma das coroas, eu, mulher, cunhada e cinco filhos, quatro do primeiro casal e um do segundo, cuja idade variava entre quatorze e um ano.
As marés de vazante não oferecem grande perigo, o mesmo não acontecendo com as de enchente, pois impedem que as pessoas se equilibrem dentro d´água, mesmo se estiverem os pés no chão. Na referida data, às dez horas, sob um lindo sol, lá estávamos improvisando uma série de brincadeiras, desde o futebol até o jogo de malha. Depois de um intenso exercício, quando a atenção nos faltou, pois nesta mesma noite seria lua cheia e como tal, as marés enchem com rapidez. Quando resolvemos retornar não havia mais possibilidade, a não ser a nado. Dois filhos do primeiro casamento e a irmã de miha mulher conseguiram atingir o outro lado com certa dificuldade. Os outros menores, eu, minha companheira e o neném ficamos juntos. Procurei a parte que julgava rasa e já estava me encobrindo. Os pequenos agarraram-se a mim em forma de desespero, a companheira entrou em pânico. Eu teria que levar o caçulinha, de um ano de idade, nos braços, se pudesse passar andando. Do outro lado só tinha os outros descendentes impossibilitados de nos dar alguma ajuda. A proporção que eu buscava uma saída, mais distante ficava o lado oposto e mais fundo ficava o mar. Em determinado momento, no desejo de resolver parte da situação, simulei que ia atravessaar a nado e encorajei os dois filhos que estavam abraçados à minha perna. Vamos nadem, vocês conseguem! Assim mesmo o de oito anos sentiu dificuldade na travessia e quase que eu me jogo no mar para socorrê-lo. Contudo gritei para os outros que o socorressem, quando percebi que minha cunhada já se aproximava do mesmo. Sanada a situação, respirei fundo: graças a Deus meus filhos estão fora de perigo! Mas, como atravessar com o menor de um ano? Só dispúnhamos de uma boia de isopor pequeníssima, que mal dava para ele colocar parte do corpinho. Desesperado, pois tínhamos que atravessar de qualquer maneira sugeri à minha cara metade: coloque o nosso filho na boia e vamos. Eu faço a cobertura! Ela, com o olhar de espanto, obedeceu... E nos lançamos n`água contra a correnteza. A princípio nadei ao lado dos dois atentamente, quando ela me falou: siga amor, vá embora que nós estamos bem. Nadei desisperadamente a fim de alcançar o outro lado e poder, de alguma forma, ajudá-los, porém , condicionado pelo cansaço e pela emoção, rodopiei sobre as águas sem nenhuma resistência. Tentei boiar, mas não consegui. Ela e o nosso pequenino se equilibravam milagrosamente, sem nenhuma proteção aparente, rompendo a força da maré, a pouca distância de mim, como se as velocidades despendidas entre nós fossem equilibradas. Ainda na incerteza de sermos salvos, lembrei-me de Deus e ele estava presente, então percebi que os meus pés já tocavam na areia, contudo sem poder manter o devido equilíbrio, enquanto mãe e filho continuavam flutuando como ninguém, salvos pelo instinto de proteção que Deus criou em todos os animais quando existe amor materno!
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