25 de abr. de 2012

MEU PAI.

Pai, que sofrimento eu tive na sua partida!...
Estava com treze anos e por você era querido,
Em mim ficou uma lacuna, uma ferida,
Que não me fez esquecer aquele dia dorido.

Pai, lembro-me bem da sua constante lida,
Criar todos nós com amor incontido,
Que causou ciume na mãezinha querida,
Quando você ia trabalhar no feriado ou domingo.

Pai, essa ausência em razão da sua ida,
Foi cruél, constante, sem momento findo,
Porque fico a chorar a sua despedida,
Que maltrata o meu peito e continua ferindo.

Pai, difícil é esquecer a quem nos deu a vida,
Criou, amou, amparou, não nos deixou sofrido,
Como se pode deixar de lembrar a triste despedida
Quem tão precoce se foi, sem mesmo ter querido!

Pai, você não pode mais escrever tanta coisa linda
Que foi dedicada a seus filhos, antes de eu ter nascido,
Mas, eu lhe deveolvo em versos, alguma coisa ainda,
Que não se compara, no entanto, ao que nos foi oferecido.

Pai, acho que Deus, por sua bondade infinda,
Escolheu você como o seu verdadeiro amigo,
Muito me consola essa esperança concebida,
Pois lhe verei no céu, quando eu tiver partido!   

2 comentários:

  1. Que lindo, você estava muito inspirado pelo amor filial. Parabéns!

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    1. Filha Heloisa:

      Foi mesmo. Eu amei muito o meu pai. Até hoje eu sinto a sua falta.

      Obrigado pelo comentário elogioso, professora!

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