7 de mar. de 2012

DECLÍNIO DA VIDA

Lembro-me bem daquelas festas de terreiro,
Que eu chegava sempre alegre e o primeiro,
Para ficar bem coladinho ao meu amor,
Criança linda, ainda em flor!

Ouvia o canto do primeiro boiadeiro,
Que transitava nessa ora e bem fagueiro
Para mostrar que era um bom cavalgador,
Tudo isso, infelizmente, terminou.

Agora eu vejo que naquele tempo sobranceiro,
Eu tinha a Rosa do Ranchinho e do Roceiro,
A flor que era bela, já murchou.

E eu que era tão bonito e altaneiro,
E que sempre quis ser o primeiro,
Fui o primeiro desta vida que murchou!

Nenhum comentário:

Postar um comentário