31 de mar. de 2012

DEZOITO VIDAS SALVAS

Ele teve uma infância muito ativa. Morava numa roça cheia de árvores frutíferas e grande área para correr, jogar bola, brincar de picula, empinar pipas, enfim: espaço suficiente e aprazível para tudo que a criança deseja e precisa. Algumas das principais brincadeiras era subir nas árvores e no telhado de um pombal, que foi construido encostado à parede de sua residência e instalado, por último, luz elétrica. A cobertura do referido pombal era de zinco e os fios elétricos, em contato, descascaram passando corrente. Como a estrutura era de madeira, ele subia isolado. Certo dia, repetindo a façanha, o nosso personagem encostou uma das mãos na parede mais alta do imóvel e a corrente elétrica o atingiu: dando um grito de terror, desmaiou inclinando o corpo sobre o telhado, com a mão ainda encostada na citada parede.

Sua mãe assustada, escutou o seu grito e avisou para o seu mano mais velho, que já era adulto e forte e foi ao seu socorro, conseguindo retirá-lo de lá, desfalecido e com a aparência fatal. O mano e sua genitora, em desespero, fizeram a sua respiração artificial durante algum tempo. Resultado: ele está aqui, já idoso, com oito filhos, nove netos e um bisneto, que correspondem às dezoito vidas que seu mano e sua mãe salvaram!     

2 comentários:

  1. Que bom tirar um tempinho de vez em quando para ler algumas lembranças, contos e poesias suas paizão. Seu blog tá muito bom.

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    1. Filho Alexandre (Xandinho):
      Você me produz várias razões de felicidade ao transmitir-me interesse em ler meu blog.
      Não me surpreendo, ainda mais, porque você é meu filho.

      Obrigado filhão!

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