29 de fev. de 2012

FUI E SOU MOTORISTA DE MADAME

Sou sociólogo, historiador, escritor, poeta e cantor, mas já fui e ainda sou motorista de madame: Fui motorista de uma socióloga, tempos atrás; de uma médica, depois de um determinado período; e hoje, sou motorista de uma técnica de enfermagem.

São coisas da vida, porque, como disse: como sociólogo, eu servi na Sudesco - Secretaria do Trabalho e Bem Estar Social; na Vila Olímpica da Baha; no Centro Social Urbano de Vasco da Gama e depois como gerente do Centro Social Urbano de Mussurunga; fui assessor do Projeto Rondon e sociólogo da Ajuda Social à Criança no Itaigara.

Como historiador, fui professor do Treinamento e Aperfeiçoamento dos funcionários da Prefeitura
Municipal do Salvador; presidente do Grupo de Treinamento da Prefeitura Municipal do Salvador; professor do Projeto Rondon; professor do ginásio Cleríston Andrade.

No setor artístico, formei uma dupla com o mano e nos apresentamos em várias programações musicais: boates, casas de cha´, clubes, associações, emissoras de rádio e televisão. Fizemos a campanha de Heitor Dias à Prefeitura Municipal do Salvador.

No setor individual, Participei da Pesquisa sobre o Artesanado Baiano da Secretaria do Trabalho e Bem Estar Social.
Pesquisa sobre as Belezas da Bahia, divulgada no Catálogo Telefônico.
Publiquei através do jornal "A Tarde" poesias, crônicas e contos.
Lancei o livro "Uma Vida em Prosas e Versos".

Hoje continuo a me apresentar, amadorísticamente, em várias apresentações musicais.

Mas, como disse , anteriormente, fui motorista de uma socióloga: minha ex-mulher; depois, motorista de uma médica: minha ex-mulher: e hoje sou motorista de uma técnica de enfermagem: minha atual mulher!    

26 de fev. de 2012

MINHA ATUAL COMPANHEIRA

Tive uma grande emoção com você,
Naquela noite em que lhe tirei para dançar,
Eu nunca dancei tanto e sei bem o porquê,
Estando você ao meu lado, eu não queria parar.

Tive outra grande emoção com você,
Na noite em que lhe pedi pra namorar,
Naquele instante, eu não queria nem saber:
Se existia um outro alguém no meu lugar.

Tive a terceira grande emoção com você,
Essa eu não devo e nem posso contar,
Porém, todos perceberam e todo mundo vê:

Que juntos estávamos e unidos vamos estar,
Bem transparentes e sinceros, só para quê:
O nosso amor não venha algum dia terminar!

MINHA VERDADEIRAMENTE

Mas com surpresa eu te vi deitada,
No leito mole de minha camarinha,
A contemplar-me como encantada,
Teus lindos olhos a me olhar, sorria!

Tomei-te aos braços num desejo louco,
De ter-te ainda mais junto de mim
E vi que o tempo para nós é pouco
E para amores que se amam assim.

Minha querida, eu te quero tanto,
Que ficaria junto a ti, somente,
A contemplar-te neste puro encanto.

Porque Deus, ser onipotente,
Quando te fez com o poder de Santo,
Criou-te minha verdadeiramente! 

EU PRECISO TUDO DE TI (Elaborado na década de1970).

Eu preciso de ti nesta minha vida,
A clarear os caminhos que eu passar
E retirar os espinhos dessa imensa lida,
Viver para mim somente, sorrir, sonhar!

Eu preciso de ti para me dar alguém,
Que se pareça contigo, tenha teu olhar,
Que seja teu, mas seja meu também,
Viva te amando, chegue a me amar...

Eu preciso de ti como a abelha da flor,
Como o céu das estrelas, a terra do mar,
A canção do poeta e a pintura da cor.

Eu preciso de ti em tudo que eu lembrar,
Dos teus pensamentos, seja lá o que for...
Até preciso pensar o que eu não vou precisar!

25 de fev. de 2012

A QUEM PEDIR PROTEÇÃO CONTRA ESSA ABERTURA

Engraçado foi o que aconteceu naquela cidadezinha do interior baiano, nos idos de mil novicentos e quarenta e oito. A população era estimada em trinta mil habitantes, onde as principais distrações eram, um precário cinema, um bilhar no bar da esquina e a abilhudice à vida dos vizinhos. Namorar não passava de apertos de mãos, pelo menos em praça pública, porque moça que se prezava, não ficava no escuro e não podia agradar namorado ou noivo na presença de olhares curiosos.

Os encontros eram de preferência, no banco do jardim ou na porta da casa da donzela e, porque não dizer: bem afastados um do outro. Felizes eram aqueles que podiam manter relações amorosas, sem dar a perceber aos olhares maliciosos e isso só podia acontecer no mais absoluto sigilo.

A singela cidade tinha um prefeito, três vereadores, um delegado, quatro praças e dois guardas noturnos. O chefe da Comuna, por exercer cargo político, era maleável, cordato, acessível, a fim de alcançar um maior número de adeptos; não acontecendo o mesmo com o chefe policial, homem sisudo, intransigente, que chegava ao extremo da integridade policial, não admitindo mal feitos, mesmo pela primeira vez ou a título de brincadeira. Camarada que não procedesse corretamente dentro da comunidade, seria enquadrado, e se viesse a se rebelar, seria conduzido a xilindró.

Certa feita, um amigo se fez de valente e começou a praticar desatinos. Logo que o delegado tomou conhecimento, o prendeu em flagrante. Resultado, quatro dias de xadrez. Não havia jeito de não aceitar a situação. O homem era mesmo fora de série. Estava sempre no cumprimento do dever. Esse delegado passava o dia inteiro na Delegacia e à noite, dava rondas na pracinha, deixando um soldado de prontidão no órgão central.

Existia um cidadão, filho da comunidade, fazendeiro abastado, chamado José Prudente, homem cauteloso, discreto, ponderado. Muita gente o admirava e gostava também da sua namorada, a Clotildes, moça atraente e de boa reputação. Os dois se namoravam no banco do Jardim com todo o respeito, há algum tempo e os seus passeios normais, tinham como ponto culminante, a Pensão de Dona Maria, pois ambos eram hóspedes. Bem verdade que cada qual tinha o seu quarto (durante o dia) pois quando a noite chegava, depois do passeio de costume, quando eles voltavam à pensão, o Prudente, com muita cautela, conseguia ultrapassar o tabique que servia de divisória e penetrava no quarto da amada, passando as noites com a mesma. Mal sabia que em certa posição do quarto, havia uma abertura, onde poderia ser observado. O tabique não atingia a parte superior do teto e por isso permitia uma ótima ventilação. O Sr. José , porém, estava certo de não haver olhares curiosos, porque o quarto era contíguo a outro de um dentista de bom caráter e amigo do delegado Florentino, a quem o Sr. Prudente devotava a mais respeitosa admiração.

Certo dia, depois do habitual passeio no jardim, o casal recolheu-se, cada qual no seu aposento e depois da meia noite, a cena se repetiu, o Sr. Prudente, prudentemente, subiu no tabique e rapidamente alcançou o outro lado e aos beijos e abraços aconchegou-se ao seu amor. A praça, na altura dos acontecimentos, dormia um sono tranquilo. O guarda noturno anunciava sinais de vigilância. O Sr. Prudente, naquele instante, desfrutava momentos deliciosos, sentia-se protegido e muito mais seguro.

De repente, forte barulho ressoou no quarto ao lado, pertencente ao cirurgião-dentista, em direção a abertura, como se alguns objetos tivessem tombado ao solo com muita violência e o casal voltando o olhar    para a parte superior do tabique, divisou o chefe da comuna, o chefe policial, o dentista e os demais políticos da região que, através da abertura estavam a bisbilhotar a vida íntima dos dois. Em ato reflexo, o Sr. Prudente gritou: Sr. DELEGADO!...E tristemente pensou: a quem pedir proteção contra essa abertura?     
       

14 de fev. de 2012

FIM DE UM RELACIONAMENTO (Elaborado na década de 80)

Aquela geladeira, pode ficar, é sua,
Bem como as duas mobílias lhe pertencerão,
São seus aqueles meus retratos no mundo da lua,.
Pois os tirei bem antes da decepção!

Se existem algumas cartas velhas minhas,
Que tratem ou não tratem de algumas meninices,
Pode ficar, pois antes, só lhe disse besteirinhas,
Mas agora sou adulto, não repito mais tolices.

Pode ficar com tudo que for meu, concedo,
Até meu filho se preciso for, eu deixo,
Pois já o fizesse até de mim, ter medo.

Fique com tudo, porque eu não me queixo,
Menos meu eu, com todo o seu enredo,
Porque com você, é que jamais eu deixo!  

13 de fev. de 2012

PARABENS AOS NOSSOS AMIGOS

Parabens aos nossos amigos
E amigas que jamais devemos esquecer!
Sem suas amizades, seria  um castigo,
Que não valeria a pena a gente viver.

Parabens aos nossos amigos!
Brindemos todo dia, que é bom como quê:
Um bate papo, com conversa, sem sentido,
E o tempo passa sem a gente perceber.

Parabens aos nossos amigos!
Triste quem não os têm e nem quis ter,
Porque envelhece precoce e esquecido,
Passa na vida sem mesmo compreender.

Parabens aos nossos amigos,
E aos que se foram sem conosco conviver!
Embora a lembrança nos traga lenitivo,
Supondo que na eternidade devemos nos ver.

Parabens aos nossos amigos!
Que Deus os proteja nesta vida pra valer,
Assim ficamos mais felizes, mais queridos,
Queridos por ele e ela, queridos por você!...






11 de fev. de 2012

CAIRU

Cairu, bondoso és tu,
Soberbo e altaneiro
Te prende no seu celeiro,
Um rio bom pra chuchu.

Rondando tua margem espanta
Mar bravo que vem do além,
Enquanto soluça e canta
Cantigas que o mar não tem.

Sozinha, bem afastada,
Surge ilha de primor
Igrejas edificadas
Para abrigar o Senhor.

Povo simples, delicado,
Mas altivo e varonil,
Cidade da minha Bahia
Cuja história principia,
A história do meu Brasil! 

LUZ DA INSPIRAÇÃO - (Esse soneto foi criado nos meus vinte anos)

Se, por ventura, me faltar a calma,
Nessa dolente luz da inspiração,
Por certo, há de sentir minha alma,
O refletir distante de um clarão.

Se, por ventura, me faltar o tema,
Nesse soneto banal, sem emoção,
Eu ficarei eternamente rindo
Das brincadeiras que esdcrevi em vão.

Mas, se acaso, esse soneto findo,
Vier a reluzir na imensidão,
Por certo, eu chorarei sorrindo.

E algum dia triste e desolado,
Farei bramir na tenda da ambição,
Recordações imensas do passado.

9 de fev. de 2012

EU JÁ ROUBEI

Quem disser que nunca teve a oportunidade de roubar, está mentindo. Porque todos nós temos sempre a oportunidade de fazê-lo. Quando isso não acontece é porque a coragem nos faltou, por motivos éticos ou mesmo por não necessitar. Na maioria das vezes, é por puritanismo, com receio do moral ficar abalado.
A maioria dos ricos, o são, porque herdaram de alguém, ou subtrairam o que não lhes pertencia, ou mesmo foram contemplados num grande sorteio. Pois, como diz o adágio popular: "Quam não rouba, não herda, enriquece uma merda" Quando este é contemplado num valoroso sorteio, enrica. Existem aqueles que pretendem enriquecer através do trabalho honesto, mas, quando isso acontece, já estão velhos.
Comigo aconteceu o meu grande furto, e como: Vínhamos eu e um colega de um trabalho externo, da secretaria em que trabalhávamos. Como era período de chuva, saímos com o guarda-chuva, no retorno, necessitei passar no banco (Baneb) e como precisava assinar um documento, pedi para o colega que ficasse com o guarda-chuva. Encostamos no balcão do referido banco e, resolvido o meu problema, saímos, e eu com um guarda-chuva no braço e aí me perguntei, de quem é esse guarda-chuva, se o colega está com o meu?
Alguém teria colocado no balcão, enquanto fazia o mesmo que eu e, distraidamente, eu surripiei o seu guarda- chuva!...        

CONFISSÃO DE UM CAIPIRA APAIXONADO

Seu Padre eu vou lhe contá,
O que se passou por lá,
Com esse caboco João:
A história é muito fremosa,
Que passou com eu e a Rosa,
Lá prás bandas do Sertão.

Esse caso é afamado
Só pro fato de ser dado
Ao caboco, a condição,
De levá o ano inteiro,
Como cabra prisioneiro
Das grades dessa paixão.

São passados cinco anos,
Que eu conheci a caboca
E que nosso amô nasceu,
Eu beijava a sua boca,
Essa paixão era louca
Inté que um dia morreu.

Morreu pruque um dotô,
Só pru mode tê amô
Com ela quis sê feliz,
Carregando com a caboca
Deixando minha alma louca,
Meu coração assim diz.

Eu fiquei desesperado,
Quis matá esse danado
Que minha vida levô
E jurei pru minha amada,
Que seria bem vingada,
A paixão que me robô.

E um dia , pensei vingá,
Corri pra estrada deserta,
Por trás da moita coberta,
Esperei ele passá,
Mas quis lhe dizê primeiro,
Que o cabra prisioneiro,
Das grades dessa paixão,
Não matava um forasteiro ,
Por trás da moita, a traição.

Só matava com ciência,
Pra que a luz da providência
Nele pusesse o perdão.
Era seis horas da noite,
Já começava a tardá,
Na igreja da Capelinha
As badalada a tocá.

Quando avistei a Rosinha
Trazia nos braços a filhinha
E se vinha para cá,
Pela pobre criancinha
Fui forçado a perdoá,
E foi assim, meu pecado,
Veja se tenho perdão,
Por Nosso Senhor Jesus Cristo:
Tenha de mim compaixão!  

8 de fev. de 2012

O ESQUECIMENTO

O esquecimento é um dos fatores que provocam situações desagradáveis. Por exemplo: Quando estamos a dirigir e somos interceptados por algum preposto policial em solicitação a nossa habilitação e a  esquecemos em casa,  e, quando precisamos extrair documentos e deixamos de levar a cédula de identidade para a devida comprovação. São inúmeros os fatores que provocam em nós um grande mal estar.
Certa ocasião , viajávamos de carro, eu e minha mulher para o Rio de Janeiro e, como não queríamos dirigir direto, íamos passando por várias localidades, a fim de descansarmos e prosseguir viagem no dia seguinte. Em algumas cidades demorávamos um pouco mais, em outras, permanecíamos um período mais curto. Passamos em Itabuna e Ilheus, para depois ficarmos em Porto Seguro, onde demoramos um número maior de dias. Em Itabuna nos hospedaos num hotel que dava o fundo para a praia e o restaurante ficava liberado também,  aos banhistas.
Levávamos na ocasião, quarenta mil cruzados, moeda da época do governo de Sarney. Esse valor cobriria toda a despesa de viagem, inclusive a estadia na Cidade Maravilhosa. Numa dessas ocasiões, descemos para o almoço no referido restaurante. Feito isso, retornamos ao quarto de dormir e começamos a comentar o prazer da viagem, analisando o que se passou  e o que poderia advir mais adiante, certamente com o desejo de que tudo fosse bom, como vinha acontecendo até o presente momento. Passado algum tempo, a companheira perguntou pela bolsa, onde continha toda aquela importância? Eu não soube responder. Verificamos em todo o quarto,  não estava! Fomos ao nosso carro e nada! Depois de muito tempo, lembramos do restaurante e aí descemos em correria. Divisamos as cadeiras e mesas que possivelmente estivemos sentados, mas não encontramos. Uma garçonete nos indagou sobre o ocorrido? Quando apareceu uma outra, que nos disse: Está comigo. Esperei o casal que esteve sentado ali, há algum tempo, porque pensei que fosse o dono, para eu devolver.
Agradecemos primeiramente a Deus e depois aquela criatura, que nos devolveu a bolsa intacta!  

7 de fev. de 2012

UM FATO CURIOSO NA MINHA VIDA

Na minha adolecência , um fato curioso me despertou a atençao, por meuito tempo, e olhe que eu não acreditava e jamais acreditei em visagens ou alma do outro mundo. Porém, nessa época, quando beirava os 17 a 18 anos e não tinha mais pai, fui morar na Av. Vasco da Gama, em frente ao dique do Tororó. Naquele tempo, só tinha de transporte o bonde de Rio Vermelho de baixo que, de vez em quando, descarrilava, ou quebrava.
Fomos morar lá,eu, minha mãe e o meu irmão mais moço, porque, anteriormente, éramos os proprietários do terreno que hoje comporta o Estádio Octávio Mangabeira (Fonte Nova) e o governo do Estado nos desapropriou para construir não só o estádio, como a Vila Olímpica da Bahia. Então fomos indenizados e como sempre vivemos em roça, procuramos alguma área suficiente, nas proximidades, tendo surgido esse local, onde construimos uma boa casa, com grande parte de terreno e árvores frutíferas. Posteriormente, o Estado, mais uma vez nos desapropriou parte do terreno para construir a Lavanderia Antonio Balbino.
Ficamos morando nesse local. Eu saia quase todas as noites ao centro da cidade, a fim de me divertir, indo ao cinema ou mesmo atrás de alguma paquera.
Certa ocasião, me demorei mais um pouco e tentei retornar à minha residência. Como não tinha mais transporte, em vista do horário, resolvi voltar pelo Tororó, para atravessar o dique através da barca. Teria feito isso, outras vezes, durante o dia.  Quando cheguei ao topo da ladeira, que dá acesso ao dique, vi uma senhora, baixinha, escura, de idade avançada, que subia a ladeira resmungando. Tomei a princípio um susto, quando ela me perguntou pelas horas? Quase não pude responder que eram 3:00 da madrugada. Ela então falou: Atravessei o saveiro e já subi nem sei quantos degraus, estou cansada!
Quando cheguei lá embaixo, o saveiro não estava do lado de cá, então gritei para o saveirista, que tinha o apelido de Moreno, ele veio ao meu encontro e eu lhe disse: aquela senhora que você atravessou estava morta de cansada! Ele perguntou: Que senhora? Eu falei: aquela que você atravessou nesse instante...Ele falou: não passou ninguém por aqui, há algum tempo, eu estava até dormindo, quando você me chamou!       

6 de fev. de 2012

PARABENS A TODOS OS PAPAIS

Parabens a todos os papais!
Pelos acertos que conquistaram na vida,
Fazendo filhos e a alegria é demais,
Junto a mamãe ou companheira querida.

Parabens a todos os papais!
Lembro-me sempre com a existência dorida,
Do meu que se foi e a lembrança me trás,
Um bom cosolo e a alegria embutida.

Parabens a todos os papais!
Pois filhos tenho e a alegria está mantida,
Na casa deles a euforia é demais,
Porque são pais com a mocidade rejuvenescida.

Parabens a todos os papais!
E ao filho que lhes ama, ou filha querida,
Pois, Papai do Céu, com certeza vai:
Orar por vós por toda a vossa vida!...

5 de fev. de 2012

HOMENAGEM AO AMIGO MOMÓ

O grupo não ficou esquecido
Do tempo em que você viveu
E eu fiquei muito sentido,
Você foi sempre amigo meu:

Muitos anos antes de você ter partido
Para junto do Senhor, que lhe concedeu
A glória de você ficar mais querido
Nas cordas do instrumento seu.

E na seresta que você criou, comovido,
Com a inspiração que Deus lhe deu
Eu continuo aperfeidçoando o meu ouvido,
Ao participar, às quintas, do que permaneceu.

E assim, grande Momó,os tempos idos,
Não acabaram nossa união, que sempre cresceu,
Onde recordo os momentos vividos
Com a lembrança sua, que em mim não morreu!   

4 de fev. de 2012

A INFIDELIDADE.

Sem rumo, sem direção,
Segue um balão a vagar
E não se sabe o seu fim,
Aonde irá repousar?

As vezes cai muito perto
De um grande e belo pomar,
Outras vezes, cai distante
Nas verdes águas do mar.

Assim é o nosso destino:
Não se sabe a direção,
Vem sempre a aragem zumbindo,

De uma maldosa traição
E modifica o caminho
Para a estrada da perdição!

3 de fev. de 2012

PERFUME DOS MEUS DIAS

Lá no meu paraiso, onde o vento constante pulveriza as palhas dos coqueiros; as mangueiras e pitangueiras,  com suas flores, oferecem um perfume aromatizante em toda a sua extensão; as bananeiras se desfolham em verde e amarelo para provar que são mais brasileiras; a goiabeira se renova, sombreando a acerola e a carambola, enquanto as flores da bouguenville de rosa arroxeado dão um colorido estonteante , à sua pérgola protetora, que fica ao lado do chalé e do apartamento onde está o meu quarto de dormir.
À noite, no mais profundo silêncio, percebo , ao longe, os saveiros que vão a pescaria noturna. Colocando o cortinado em posição, a fim de impedir algum pernilongo a me incomodar, reflito um pouco sobre minha situação, enquanto tive tantos amores e estou sem nenhum, no momento, mesmo assim não deixo de assistir na TV: "Essas Mulheres", novela inspirada no romance de José de Alencar. Nesse tempo, aguardo algum telefonema dos meus familiares. Quando isso não acontece, me aconchego ao repouso com portas e janelas fechadas e a certeza de que ninguem estará a me bisbilhotar.  
Pela manhã, escuto ao longe o canto do galo ao anunciar o amanhecer e como estou só, procuro levantar nesse horário, quando ouço um pássaro atrevido que me diz: Bem ti vi, surpreso escuto outro que, me vendo só, sem mulher, conclui: Fogo apagou!... Ora essa, desço feliz, mas com um porém, porque não queria ser surpreendido no meu aposento e muito menos com essa conotação de que minha vida sexual não mais existe, coisa que não é verdade!  

VIVAS LEMBRANÇAS

Na parede do meu atual recanto,
Muitas fotas junto a ela estão,
Lembra o presente e o passado encanto
Com harmonia e com grande expressão,

Na minha trajetória, entretanto,
Elas, certamente, comporão:
O registro de quem produziu tanto
Fazendo filhos com muita devoção.

Fotos que assim me casusam pranto,
E a lembrança me renova então,
Vendo o passado, no presente estanco.

Todos os meus filhos retratados são,
Se alguem pergunta, onde estão, no entanto,
Logo eu respondo: dentro do meu coração!  

IOIÔ E ZINA (MEUS QUERIDOS PAIS)

Ambrozina ainda menina,
Gostou de Ioiô rapazola
E os seus encontros com o Sena,
Eram na casa da Teodora.

Ioiô e o mano Lilico
Faziam boa parceria,
Sendo que a pinga no bico,
Só o Lilico fazia.

Ioiô não bebia nada,
Nem mesmo com seu amor,
Que era uma parada,
Porém, bela como a flor.

Para não ficar sozinho
Tão distante da rocinha,
Ioiô falou com o maninho
Pra namorar a vizinha.

E surgiu a tal donzela
Para lilico, um amorzinho!
Seu nome lindo era Bela,
Filha do vizinho Antoninho.

A dupla se completou
Começando a namorar,
Primeiro Ioiô se casou
Vindo Lilico a imitar.

Sem emprego e sem tostão
Mas se casou com a Belinha,
Menina de posição
Pelos recursos que tinha.

O sogro, um português,
Trabalhador pra valer
Pelos meninos que fez,
Pode-se assim compreender.

Dono de roça tão bem,
Que a tantos deu de comer,
Muito trabalho também
Para os filhos ver crescer.

Pobre Lilico, ao contrário,
Só filhas teve, acabou-se,
E o juvenal, pobre otário,
Perdeu a Rosa, enxifrou-se.

Enquanto Ioiô prosperou,
Não teve Rosas, mas flores,
Pois só com Zina ficou,
Que lhe deu muitos amores:

Nos cinco filhos nascidos
De arrepiar seus cabelos
E hoje todos crescidos,
Que bom lá de cima vê-los!

Se vivo estivesse agora,
Nenhum pelinho assentava,
Nenhum cabelo , com cola,
Em sua cabeça ficava.

Se ele quer saber tudo então
Nesse progresso de ponta a ponta,
Pergunte à sua paixão
Que foi pra o céu, ela conta.    

2 de fev. de 2012

ENGANAM-SE

Disseram-me, certa vez, que eu era ultapassado
E que motivo me fez ter mulher pra todo lado,
Eu respondi com franqueza, do jeito que assim me faz
É só saber com certeza, o amor que ela me traz.

Pois sem amor, nada feito, se não gostar muito de mim,
Meu desejo está desfeito, eu sempre fui mesmo assim,
Porque não adianta carinho, se não houver o amar,
Prefiro ficar sozinho, eu mesmo vou me gostar.

E confirmando com nobreza, se muitas eu tive, "talvez"
Quero aceitar com pureza por ser assim, toda vez.
Ainda respondo, pois não, que não sou ultrapassado
O certo é ser um Sultão, por ter mulher pra todo lado!   

GAROTA ABUNDANTE

Quando ela passa, todo mundo espia,
Não para a cara, embora ideal formosa,
Mas para a bunda, que bunda deliciosa,
Que bunda, eu nunca vi tanta magia!

Requebra, anseia, rodopia,
Dentro de uma expressão maravilhosa,
Deve ser uma bunda cor de rosa
Da cor do céu, quando desponta o dia.

E ela que sabe que sua bunda é boa,
Vai rebolando, rebolando atôa
Deixando a multidão maravilhada,

Que a contempla num silêncio mudo
Vendo uma coisa, que não vale nada
E ela com arte faz valer tudo!
  

1 de fev. de 2012

FELIZ NATAL

Deambro de 2008, está chegando o Natal
E com ele a alegria e muita esperança
Em termos uma boa saúde e um maior capital,
A fim de vencermos as dificuldades que nos alcança.

Lembramos dos entes queridos que se foram, afinal,
E as ruas são iluminadas e enfeitadas com lembranças,
O povo rir curtindo o bem, desprezando todo mal,
E assim, em cada lar acontece a devoção e a bonança.

As crianças recebendo seus presentes, que legal!...
E a gente entendendo que tudo isso é a mudança
De todo um comportamento nesse dia especial.

Pois todos nós somos gente, que não se cansa
De nos querermos tanto, mais que o normal,
E desejarmos a todos: saúde, paz e segurança!      

NOITE DE SÃO JOÃO

Olhando um lindo balão,
Vagando por todo  lado,
Eu tive grande emoção
Ao relembrar o passado.

E com alguma exatidão,
Quando garoto, agitado,
Junto eu e meu irmão,
Saltávamos balão pegado.

Não tinha ainda a noção
Do mal que era causado,
À lavoura, à criação
Do mundo, não globalizado.

Ciente que essa diversão
Do homem, não industrializado,
Destrói a grande plantação
E o que por Deus foi criado:

Não mais soltarei balão, não!
Estarei analisando o pecado
Daquela linda distração,
Que eu participei um bocado.

O que faço agora, então,
Para eu não ser criticado?
Nas festas de São João, no salão:
Colocarei balão apagado!...
  

SERGIPE

Estivemos em Sergipe
E estamos agora pensendo:
Que o sergipano, uma metade é Sergipe,
A outra metade é baiano.

Ficamos impressionados,
Com o tratamento que encontramos,
Que, se nós não fóssemos baianos,
Queríamos ser sergipanos.

E logo que aqui chegamos,
Na cidade em que vivemos,
Com saudade dos que visitamos
E a esperança de que lá voltemos.

A fim de rever aquela gente,
Que a homenageá-la estamos,
Amor aquela terra a gente sente:
Tanto e quanto os sergipanos! 

O VELHO

Velho não é aquele que tem mais idade,
É aquele que da mocidade sente saudade,
Em razão disto, fico feliz por esse tempo de vida,
Apesar do amargor e de encontra muita lida!

A gente conta o tempo e despreza a coisa sentida,
Para não criar angústia e nem produzir ferida,
Participando do hoje sem pensar no amanhã,
Para não sofrer no rosto e ter a mente sã.

O idoso não deve sofrer por ter mais idade,
Nem atrair mais gente, somente, em solidariedade,
Ao cortejo da sua sepultura com afã.

Deve sim: produzir alegria, para deixar saudade,
Porque velho, não é aquele que tem mais idade,
É aquele que tem saudade da sua mocidade! 

OS PAPAIS NOEL

O Papai Noel se caracteriza por vários fatores:
É idoso, tem barba branca e comprida
E para as crianças escuta os pedidos e louvores,
Com carinho no semblante e a alma divertida!

Sua semelhança, geralmente, é de senhores,
Que atendem aos pedidos dos pobres, sem guarida,
E, politicamente os recebem sem rancores,
Para cobrar depois sem lhes deixar saída.

Mas os Papais Noel, são nossos grandes amores,
Que alegram nossas crianças queridas
Eliminando as tristezas e os dissabores.

Vocês amigos, são crianças com vida,
Aceitem vivos Papais Noel, em cores,
E se tornem várias crianças crescidas!... 

A MAQUININHA DE CALCULAR

Quem perdeu, não sei! O certo é que deveria ser de grande utilidade para o perdedor, uma vez que ele estava, possivelmente, calculando no Banco, as suas rendas. Acontece que, naquele instante, ele deixou sobre a mesinha destinada a preenchimento de depósitos da entidade financeira. E, o que deduzo, com a pressa que envolve o ser humano, esqueceu do objeto. De imediato eu teria utilizado a referida mesa, porém , não percebi se tinha algum objeto sobre a mesma, quando me afastei, veio alguém que eu não conhecia, me entregar a pequena maquininha de calcular e me dissse: você esqueceu! No momento, não entendi o assunto, tentei argumentar, mas ele se afastou rapidamente. Fiquei sem saber o que fazer, se entregaria a recepção do banco, gerente, ou a algum funcionário credenciado. Na dúvida, fiquei comigo mesmo a analisar: Se entregasse a outra pessoa, a vítima poderia não ter a oportunidade de procurar e continuaria com o objeto perdido. Então resolvi: "dos males o menor": Fiquei com a maquininha, não que eu necessitasse da mesma, porque eu dispunha de uma bem melhor, mas, se eu não sabia quem era o dono, para que entregar a outra pessoa?   

TODOS SE LEMBRAM DA VOVÓ

Todos se lembram da vovó,
Ninguém se lembra do vovô,
Eu vou lembrá-lo agora só,
A fim de demonstrar o seu valor:

O vovô se casou com a vovó
E por ela se apaixonou
Ela foi o seu xodó
Ela é o seu amor!

Teve filhos com a vovó,
Junto à mesma os criou,
Trabalhou demais sem dó
Para protejê-la com vigor.

Nunca maltratou a vovó,
Jamais dela se afastou
Eu sou o vovô da vovó
E ela é a vovó do vovô!