26 de dez. de 2012

DESIGUALDADE SOCIAL

O que pensarão os pobres desamparados,
Quando assistirem notícias na televisão,
Notícias de muitos ricos e vários abastados,
Que por justiça não deveriam ocupar aquela posição.

A gente fica muitas vezes, chateado,
Em ter estudado e ter alguma profissão,
Quando alguém que não se esforçou, leva um bocado,
Da nossa sacrificada e boa contribuição.

Porque se trabalhamos pensando num futuro realizado,
Pagamos colégios para termos melhor educação,
Concluímos os níveis todos, tendo muito estudado,
Quando vemos quem não o fez, está na mídia sem razão.

A culpa não é nossa não senhor, é do Estado,
E porque não dizer, também da própria televisão,
Que coloca na mídia todos os enricados,
Seja um industrial ou quem joga um bolão.

E aí nos lembramos dos pobres e desamparados,
Que assistem esse absurdo da tal maldosa televisão,
E se nós ficamos abatidos e envergonhados,
O que pensarão os coitados nessa lastimável situação!

23 de dez. de 2012

ESTUDAR PARA QUÊ?

Eu disse ao meu amigo: ora essa,
Amigo que era um notável escritor,
Se você quer criar fama que não cessa,
Procure ser um grande jogador.

De futebol com certeza, sim senhor,
Que cria fama, dinheiro e muita festa,
Para mostrar que nessa terra só tem valor,
Quem aprendeu a maestria sem orquestra.

Quem passou a bola sem furar, mas com furor
Ao seu colega e este logo aproveitou em festa,
Jogando para um outro jogador, que fez o gol!

Portanto amigo, estudar, escrever, saia dessas!
Bem antes que sua família com amor lhe peça,
Para botar comida na sua mesa, que faltou!

19 de dez. de 2012

ASSIM É A VIDA

Viu a festa, logo, logo começou,
Doces, flores e felicidades no semblante,
Tudo é alegria, tudo é amor,
Mais um ano de vida para o aniversariante.

No ano seguinte a festa triplicou,
Novos convidados, mulheres exuberantes,
E os abraços para quem aniversariou,
Doze meses se passaram naquele instante.

O aniversariante mais um ano de vida completou,
Outros convidados apareceram de montante
E mais um bolo, bebida, flores que sabor.

E hoje, mais um ano se passou,
Muitos convidados conhecidos como de antes,
Só flores teve e uma saudade que ficou!    

17 de dez. de 2012

QUANTA BESTEIRA

Dizem que eu não lhe amo,
E que vivo com você por aparência,
Quanta besteira e ingenuidade, como?
Por pensar nessa maldade com inocência!

Quantas felicidades juntos já passamos,
Quantas alegrias tivemos na nossa convivência,
Pois sempre juntos estivemos e ainda estamos,
Para aumentar mais as nossas sobrevivências.

Você para mim é como o açúcar que pomos,
No nosso alimento diário com frequência,
Porque fica mais gostoso é o que notamos.

Se vai fazer mal com sérias consequências,
Eu me arrisco, mas juntos continuamos,
A fim de aproveitarmos o sabor com consciência!

30 de nov. de 2012

OS AVÓS DE HOJE

Antigamente os avós tinham oitenta anos,
Hoje em dia os avós têm quase cem,
É que o tempo vai correndo e mudando,
E a velhice não atormenta a mais ninguém.

Atualmente o idoso vive cantando,
Igual ao jovem se este canta também,
E o tempo para todos vai passando,
E ele não percebe que mais idade ele tem.

Surge o convívio de amigos que vão chegando,
De várias idades que ele passa a querer bem,
Além dos filhos e netos que ele continua amando,
E que o fortifica a vigor que lhe convém.

Assim são os avós de hoje que permanecem lutando,
Por uma oportunidade de se apresentar como alguém,
A fim de mostrar seus talentos que continuam vibrando,
E as experiências que as conservaram tão bem!  

28 de nov. de 2012

A MULHER DE HOJE

Diziam que o homem para se realizar,
Deveria ter muitos filhos com amor,
Deveria uma ou mais árvores plantar,
A fim de usufruir sua vida com sabor.

E a mulher o que fazia para se igualar,
Era ser mamãe e conceber com dor?
Cuidar da casa, do marido e ser babá
Dos filhos dele e de lhe chamar senhor?

Triste passado que não vai mais voltar,
Porque a mulher ganhou espaço que Deus criou,
Hoje ela trabalha de igualdade no seu lar.

Com o marido que ela mesma conquistou
Lhe dando trabalho para em casa ele cuidar
E, por enquanto, ela ainda não se conformou!  

26 de set. de 2012

ASSIM MORREREI TAMBÉM

Perguntaram-me certa ocasião,
O que me fez mal e o que me fez bem?
Eu respondi com bastante precisão
E com muita rapidez também.

Sobre o bem, não me lembro não,
Pois são tantas coisas que a mim se vêm,
Quanto ao mal, tive grande emoção,
Perdi meu pai que eu queria tanto bem.

Depois minha mãe, em outra ocasião,
Que me abalou tanto como ninguém,
Mais adiante, o meu querido irmão,
Que eu gostava e o admirava também.

E recentemente mais outro então,
Que viveu um pouco mais além,
Só existe na minha antiga geração,
Mais dois irmãos que agora se tem.

Hoje não suporto mais separação,
Se algum dos meus partir para o além,
Eu vou com ele e a Deus peço perdão,
Por não resistir eu morrerei também! 

23 de set. de 2012

AS INTENÇÕES DOS CANDIDATOS

Já falei muito das eleições
E ratifico o seu valor por que,
Porque interessam em sugestões,
Tanto a mim, quanto a você.

Botar um filho, sem condições,
Muito menos o Neto pra concorrer,
Vão ficar com bens e mais milhões,
Não para mim, nem pra você.

Menos para o povo pobre, cheio de ilusões,
Que o elegerão assim mesmo, sem saber,
Sobre as suas reais e sinceras intenções.

Escolhendo outro, é melhor pra se entender,
Outro alguém, que não tenha tradições,
E que seja honesto com o povo e com você!

16 de set. de 2012

A GUERRA DAS ELEIÇÕES

A guerra da atual política,
Dos candidatos antes das eleições,
É uma luta pra valer que fica,
Condicionada a quem tem condições.

Quem tem mais, já cogita,
Ter conquistado o reduto dos sabichões
E vai reaver o que gastou na conquista
Com juros acrescidos de milhões.

Prefiro viver pobre, ninguém acredita,
Que viver dessa maneira dos grandalhões,
Porque é uma experiência maldita.

Ficam ricos, milionários os espertalhões,
Mas a população depois de tudo grita
Sem benefícios, e reconhece os ladrões!

13 de set. de 2012

AOS GROSSOS E AUTORITÁRIOS

A raiva minha ainda não passou,
Tornou-se principalmente em agonia
Em não reagir a quem me maltratou
E está me atormentando todo o dia.

A pessoa guarda o que a sufocou
Não extravasa muita vez por cortesia,
Mas, quem ofendeu não analisou,
Que desagradou à própria sabedoria..

Pois deve entender que quem ficou,
Com essa sua estupidez, bem poderia,
Reagir com bravura e com furor.

Por essa razão amigo, tenha galhardia,
Se corrigindo com muito maior rigor
Para não cair de quatro por covardia!

8 de set. de 2012

COMO, SE EU ESTAVA DORMINDO?

Comprei dois travesseiros
Para mim e pra meu amor,
O meu, utilizei por primeiro,
Quando acordei ela perguntou:

Você gostou do travesseiro?
Por que nada lhe despertou,
Nem o barulho no banheiro,
Da torneira da pia que apitou?

Eu fiquei e estou meio cabreiro,
Apitou foi outra coisa que soou,
Torneira apitar, companheiro,
Foi outro apito que escapou.

Mas, vamos ao assunto primeiro,
Que quando acordei ela me indagou,
Se foi muito bom o travesseiro,
Não sei, eu estava dormindo, amor! 

4 de set. de 2012

A MINHA VIDA

Eu tive muitos filhos na vida,
Uma dádiva de Deus que me veio acontecer,
Alegria sublime, felicidade infinda,
Que me faz recordar antes do amanhecer.

Porém, não foi só uma mulher querida,
Que promoveu tanta alegria ao meu ser,
Foram três as companheiras comprometidas,
A me ofertar tantos herdeiros no meu viver.

E hoje eu relembro com saudade indefinida,
De todas elas que fizeram parte do meu querer,
Porque hoje estou com outra, já definida,
Que ficará sempre comigo até morrer.

São coisas do passado de minha vida,
Que não têm fim continua a permanecer,
Como disse, eu tenho uma mulher querida,
E oito filhos que alegram o meu viver!

1 de set. de 2012

OS AUMENTOS SALARIAIS

Percebi que os aumentos salariais
Só são conseguidos através das greves,
São greves justas e greves de mais,
Que só se despedem dizendo: até breve.

Atormentam aos dirigentes gerais,
Que vão fugindo dessa incumbência de leve
Justificando pensar no caso, logo mais,
Para evitar algum problema em breve.

Assim vou convocar os colegas aposentados
E dizer que avisem aos demais também
Porque a greve está todinha do nosso lado,
Vamos fazer a nossa sonhada greve por bem.

Mas não de fome que já estamos acostumados
E eles querem que a gente não vá mais além,
A fim de ficarem sempre com o maior bocado
De longas datas que a comedilha lhes faz bem.

Quem já comeu deveria ficar acomodado
Deixar que outros façam pelo povo o que convém
E não contar mentiras de vitórias sem pecados,
E que ama essa terra, que conversa ele tem!!!  

23 de ago. de 2012

AEROPORTO DOIS DE JULHO

Dois de Julho, data magna da Bahia,
Que inspirou Castro Alves na poesia
Na luta que todo baiano aqui fez
Para libertar de uma só vez,
Nosso Brasil do jugo português.

História que todo mundo já conhecia,
Livre em vinte e dois, liberto em vinte e três,
Assim, algumas praças, hoje em dia,
Têm o nome Dois de Julho, que merecia
Ser venerada com orgulho e altivez!

A fim de mostrar a verdade que valia
Ser divulgado para todos com alegria,
Não julgo se foi mesquinhez,quem fez
Tirando o Dois de Julho que existia,
Devolvam o nome do aeroporto desta vez! 

19 de ago. de 2012

TRINTA ANOS GOVERNARAM

O grupo que governou
Nossa Bahia no passado,
Na certa multiplicou
A sua herança um bocado.

E teve algum ser que ficou,
Frente às câmaras impressionado,
Sem perceber que se enganou
Ou enganaram o coitado.

Eu que sofri do que passou,
Os analisei com cuidado
O servidor, com eles, penou.

Eu sou um deles, pobre aposentado,
E se alguém os defende com vigor,
Não foi funcionário do Estado!  

12 de ago. de 2012

GOVERNADORES DA BAHIA

Quanta ilusão, quanta alegria,
Um novo governador foi eleito
Na nossa terra, nossa Bahia,
Por justa eleição, grande feito!

Teremos aumento hoje em dia,
Para compensar os defeitos
Do outro que há tempos existia
Desrespeitando o nosso direito.

Ficaremos satisfeitos todo o dia
Com esse que venceu o pleito
Com nossa ajuda e simpatia
A quem julgamos com menos defeito.

Quanta ilusão, quanta ironia,
Decepção desse jeito
Por certo, ninguém previa,
Porque o moço que foi eleito:
Está fazendo do mesmo jeito
Que o seu antecessor fazia! 

9 de ago. de 2012

A LÍNGUA PORTUGUESA

A língua portuguesa tem tanta ironia,
Que às vezes a pessoa ao se expressar,
Sente até dificuldade e certa agonia,
Por não saber exatamente pronunciar.

Misturou-se com o Inglês, mas que mania!
E com outras línguas importantes, sem parar,
A fim de crescer seu valor e primazia,
Dentro do seu valor no conceito popular.

Mas, a língua portuguesa é a nossa mãezinha,
Que a gente não para de querer e de amar,
Somos como um filho criado e adotado pela tia.

Quando criança, Fatia de Parida era popular,
Comia-se a toda hora, mas não se fez um dia,
Então perguntei: a Patifaria não vai colocar?  

4 de ago. de 2012

NEM CONSEGUI FALAR

Tem pessoas que falam por muitas horas
E que as vezes não deixam a gente falar,
Algumas ocasiões não se presta a atenção e nem se dá bola,
Outras vezes presta-se toda a atenção até se cansar.

Eu tenho queridos amigos aqui e lá de fora,
Porque no interior é mais fácil de encontrar,
Que até se esquecem do alimento e de sua senhora,
Que está preparando o almoço ou o jantar.

É interessante quando surge alguma história,
Que interessa a todos nós até para se contar,
Isso se a pessoa não quiser dormir naquela hora.

Eu fui à casa de um grande amigo para cantar,
Passei a ouvi-lo o tempo todo até lá fora,
Não cantei coisa nenhuma e nem consegui falar!

3 de ago. de 2012

A MULHAR DE HOJE

Diziam que o homem para se realizar,
Teria que ter um ou mais filhos com amor,
Teria uma ou mais árvores para plantar
E usufruir toda a sua vida com sabor.

E a mulher o que é que fazia para se igualar,
Era ser mamãe e conceber com dor?
Cuidar da casa, do marido e ser babá?
Dos filhos dele e de lhe chamar senhor?

Triste passado que não se pretende mais voltar,
Porque a mulher ganhou o espaço que Deus criou,
Hoje ela trabalha de igualdade no seu lar.

Quem foi que disse que a mulher bobeou,
Ganhou marido nas horas boas de namorar
E empregado nas horas do pique e de estertor!

31 de jul. de 2012

O AZUL DO FIRMAMENTO

Meu filho, com muito pouca idade,
Ao contemplar o azul do firmamento,
Indagou-me com muita ingenuidade
E com reflexos constantes no seu sentimento.

E com outras palavras falou sobre a imensidade,
Que ele não entendia qual seria o monumento,
Que poderia ser comparado àquela suntuosidade,
Que ele estava a fitar naquele exato momento.

E me indagou em seguida, com ansiedade,
Onde seria o fim do azulão do firmamento?
Eu respondi que era o infinito, que na verdade
Sem fim, só percorremos no nosso contemplamento.

Ele continuou sem entender na sua infantilidade
E pediu para eu explicar num melhor desdobramento,
Eu repeti, infinito não tem fim na raealidade,
Tentei lhe explicar mas não houve entendimento.

Voltei a lhe falar de novo com toda boa vontade,
Embora fuja em parte ao meu pseudo-conhecimento,
Porque a gente seguir aonde não tem fim, na verdade,
Foge aos princípios  de todo um comportamento! 

27 de jul. de 2012

OS AVÓS DE HOJE TÊM MAIS IDADE

Antigamente os avós tinham oitenta anos,
Hoje em dia os avós têm mais de cem,
É que o tempo vai correndo e mudando
E a velhice não atormenta mais ninguém.

Atualmente o idoso vive cantando,
Igual ao jovem se ele canta também
E o tempo para ele vai passando,
Sem perceber que mais idade ele tem.

Surge o convívio de amigos que vão chegando,
De várias idades que ele passa a querer bem,
Além dos filhos e netos que ele continua amando
E o fortifica com o vigor que lhe convém.

Assim são os avós de hoje que permanecem lutando,
Por uma oportunidade de se apresentar como alguém,
Para demonstrar seus talentos que continuam flutuando
E as experiências que as conservaram tão bem!

15 de jul. de 2012

NOSSOS GRANDES EXEMPLOS

Aristóteles, Sócrates, Platão,
Todos eles foram e serão,
Os nossos exemplos de filosofia,
Que procuramos aplicar no dia a dia.

Édison, Marconi, Grambel,
São exemplos da criação querida,
Que deu mais notoriedade a vida,
Com o sabor de um gostoso coquitel.

Gutemberg, grande vulto sim,
Transmitiu na sua imprensa enfim,
Todas as notícias que foram colhidas.

E muitos outros que surgiram,
E outros que ainda surgirão,
Para tornar mais completa a criação.

Deus fez todos nós com certa inspiração,
Para conduzir nosso destino com perfeição
E resolver qualquer problema com soloção.

Não esquecemos, contudo, do pai terreno,
Aquele que nos fez, nos criou e nos amou,
E que lá de cima no céu, estará nos vendo,
Sobre o que na vida nos disse e nos ensinou!

OS GRANDES INVENTORES

Os grandes inventores da humanidade,
Perpetuaram os seus inventos para sempre,
Beneficiando tanta gente de todas as idades,
Modificando nossa vida urgentemente.

Iluminaram os lugares de nossa cidade,
Comunicando com outras paragens de repente,
Com precisão e muita tranquilidade,
A fim de nos deixar informados e contentes.

Esses inventores que a gente agradece com vontade,
Foram notáveis exemplos para nossa mente,
Porque modificaram o curso da humanidade.

A Eles deveríamos proclamá-los constentemente
Pelos benefícios que causaram a todos da atualidade
E continuarão a existir em todos nós eternamente!  

9 de jul. de 2012

DAR CONTAS AO SENHOR


Rápido o nosso tempo passa,
A gente envelhece sem sentir
E mais ligeiro que a fumaça,
Que sobe ao espaço sem pressentir.

A vida da gente não tem graça,
Se não soubermos o dia a dia resistir
Às intempéries como o exemplo da fumaça,
Que sobe ao céu, sem se consumir.

Contudo, a gente não se enlaça,
Com serviço desonesto, sem conseguir sair,
Mas, para ganharmos o pão, com raça:

Devemos lutar para a vida construir,
Subir ao céu com trabalho e graça
A fim de dar contas ao Senhor quando partir!  

18 de jun. de 2012

FREI AVANÇONELA

Frei Gonçalo, era um vigário,
De Aldeias pequeninas,
Mas nunca bancava otário,
Em confessar ás meninas.

Bulia com todas elas
E as namorava também,
De preferência as mais belas,
Às escondidas de alguém.

Mas um dia deu vertigem
Junto do Frei, a Esther,
Diz o padre, todas fingem.

Só vem aqui porque quer,
Eu sou padre e ela é virgem,
Mas sou homem e ela é mulher!

14 de jun. de 2012

TEMPOS DE SERESTA

Lembro-me bem daqueles tempos de seresta,
Quantas saudades eu tive e em mim ficou,
Quando eu trocava tanta coisa, alguma festa,
Para cantar nas noites lindas de esplendor!

Eu percebia as moças lindas, em alguma fresta,
A contemplar-me na minha mocidade em flor,
Quanta alegria e felicidade eu tinha na seresta,
Sonhando encontrar, na época, um grande amor.

O tempo passa e passa rápido, ninguém contesta,
E não se adivinha o seu futuro, se feliz ou sofredor,
Quem somos nós para julgarmos a Magestade Mestra?

Quem somos nós para curtirmos só prazer, sem a dor?
Quando nascemos, quem nos fez, teve uma orquestra,
Pois foi completo, não teve apenas um pobre cantor!

13 de jun. de 2012

NÃO ENTENDO, NÃO ENTENDO(autor desconhecido)

Pelas ruas da cidade
Andava um louco dizendo:
Não entendo, não entendo,
E como alguém lhe perguntasse
O que ele não entendia,
Ele, sem virar a face,
Respondeu com cortesia:
Não entendo, não entendo,
Donzelas, são virgens puras,
Casadas que são tembém,
Viúvas são criaturas,
Que de honestas o nome têm,
No entanto, os asilos da cidade,
De crianças vão enchendo,
De quem são essas crianças?
Não entendo, não entendo!   

9 de jun. de 2012

EU, ELES E O AMOR MATERNO

Costumávamos passar as férias de fim de ano, numa comunidade denominada Cacha Pregos - Itaparica - Bahia, onde a população, na sua maioria , é constituída de pescadores. Os veranistas como nós, são pessoas originárias da cidade do Salvador, Feira de Santana, Nazaré das Farinhas, Santo Antonio de Jesus, Conceição do Almeida, Cruz das Almas e muitas outras localidades do interior baiano.\


A praia é bem agradával, embora que no fim de ano, a afluência de pessoas é muito grande, não oferecendo certa tranquilidade àqueles que buscam sossego depois de um período anual de trabalho. Em razão do exposto,começamos a frequentar a Ponta da Ilha, próximo ao local e bem menos frequentada. Estava deserta no meio da semana do mês de janeiro de 1983, com a presença exclusiva dos nossos familiares.

Essa praia oferece uma estrutura oceonográfica linda, pois, em razão de constante correnteza formam-se belas e aprazíveis coroas, que permitem, quando baixa a maré, à sua travessia. Atraído por essa beleza fomos a uma das coroas, eu, mulher, cunhada e cinco filhos, quatro do primeiro casal e um do segundo, cuja idade variava entre quatorze e um ano.

As marés de vazante não oferecem grande perigo, o mesmo não acontecendo com as de enchente, pois impedem que as pessoas se  equilibrem dentro d´água, mesmo se estiverem os pés no chão. Na referida data, às dez horas, sob um lindo sol, lá estávamos improvisando uma série de brincadeiras, desde o futebol até o jogo de malha. Depois de um intenso exercício, quando a atenção nos faltou, pois nesta mesma noite seria lua cheia e como tal, as marés enchem com rapidez. Quando resolvemos retornar não havia mais possibilidade, a não ser a nado. Dois filhos do primeiro casamento e a irmã de miha mulher conseguiram atingir o outro lado com certa dificuldade. Os outros menores, eu, minha companheira e o neném ficamos juntos. Procurei a parte que julgava rasa e já estava me encobrindo. Os pequenos agarraram-se a mim em forma de desespero, a companheira entrou em pânico. Eu teria que levar o caçulinha, de um ano de idade, nos braços, se pudesse passar andando. Do outro lado só tinha os outros descendentes impossibilitados de nos dar alguma ajuda. A proporção que eu buscava uma saída, mais distante ficava o lado oposto e mais fundo ficava o mar. Em determinado momento, no desejo de resolver parte da situação, simulei que ia atravessaar a nado e encorajei os dois filhos que estavam abraçados à minha perna. Vamos nadem, vocês conseguem! Assim mesmo o de oito anos sentiu dificuldade na travessia e quase que eu me jogo no mar para socorrê-lo. Contudo gritei para os outros que o socorressem, quando percebi que minha cunhada já se aproximava do mesmo. Sanada a situação, respirei fundo: graças a Deus meus filhos estão fora de perigo! Mas, como atravessar com o menor de um ano? Só dispúnhamos de uma boia de isopor pequeníssima, que mal dava para ele colocar parte do corpinho. Desesperado, pois tínhamos que atravessar de qualquer maneira sugeri à minha cara metade: coloque o nosso filho na boia e vamos. Eu faço a cobertura! Ela, com o olhar de espanto, obedeceu... E nos lançamos n`água contra a correnteza. A princípio nadei ao lado dos dois atentamente, quando ela me falou: siga amor, vá embora que nós estamos bem. Nadei desisperadamente a fim de alcançar o outro lado e poder, de alguma forma, ajudá-los, porém , condicionado pelo cansaço e pela emoção, rodopiei sobre as águas sem nenhuma resistência. Tentei boiar, mas não consegui. Ela e o nosso pequenino se equilibravam milagrosamente, sem nenhuma proteção aparente, rompendo a força da maré, a pouca distância de mim, como se as velocidades despendidas entre nós fossem equilibradas. Ainda na incerteza de sermos salvos, lembrei-me de Deus e ele estava presente, então percebi que os meus pés já tocavam na areia, contudo sem poder manter o devido equilíbrio, enquanto mãe e filho continuavam flutuando como ninguém, salvos pelo instinto de proteção que Deus criou em todos os animais quando existe amor materno!        
     

2 de jun. de 2012

VOCÊS

Como me lembro de vocês pequeninos,
Quantas saudades eu sinto de vocês,
Vocês cresceram e eu e me tornei menino,
A gente cresce e volta a ser criança outra vez.

Fico a chorar e a pensar no meu destino,
Pedindo a Deus por todos aqueles que a gente fez,
Vocês cresceram e eu voltei a ser menino,
Lembre-se de mim, como eu me lembro de vocês.

Mas, eu só queria vê-los outra vez pequeninos,
Eu, sendo criança, brincaríamos juntos com sensatez,
Ia correr o tempo inteiro: matutino e vespertino.

Que felicidade e alegria eu teria outra vez,
De ser criança e brincar sem desatino
E conviver no fim da vida com vocês!

30 de mai. de 2012

FATOS CURIOSOS DA NOSSA VIDA

s Fatos curiosos acontecem, constantemente, na nossa vida e muitas vezes nos traz à lembrança com muita nitidez e muito bom humor.

Certa ocasião, eu morava num apartamento de quarto e sala, o mais importante é que era próprio, porém, não dispunha de garagem e eu possuia um carro, que, por vezes, foi aberto por marginais porque dormia na rua. Acontece, porém, que depois de procurar uma garagem pela redondeza e não ter encontrado, comentei o assunto com um vizinho, gaucho, que era suboficial do exército e estava servindo num quartel nas proximidades da nossa residência, gentilmente, o militar se dispôs a falar com o seu comandante a fim de permitir que o meu veículo ficasse, à noite, no interior daquela unidade. Eu entrava dirigindo no horário noturno e saia pela manhã cedo, objetivando não empatar o trabalho diurno dos militares. Assim sendo, me forneceram uma carteirinha para eu poder ter acesso. A referida carteira tinha, na parte superior, o timbre: Ministério da Guerra; mais abaixo, Sexta Região Militar e ainda mais abaixo, Autorização e, em seguida, o texto relativo à permissão.

Certa feita, tendo que viajar ao recôncavo baiano, eu e minha companheira, esquecemos da cédula de motorista e eu falei para ela: como vai ser se eu esqueci do principal documento de identificação como motorista, se algum policial aparecer no caminho? Já estávamos distante da capital. Quando, em determinado trecho, um policial mandou parar o veículo e me abordou pedindo o documento de habilitação, sem jeito, solicitei para minha cara metade: pegue aí no porta luvas, ela, sem entender, perguntou: o quê? Eu, sem saber o quê, insisti: pegue aí no porta luvas! Ela, desconfiada, e só vendo o cartão de autorização do quartel, apanhou-o e me entregou, então mostrei ao policial para tentar justificar o meu engano, quando ele , depois de um certo tempo lendo, me devolveu o cartão, se perfilou e me prestou continência, dixando-nos seguir viagem aliviados!        

27 de mai. de 2012

NOSSO POMAR

Na minha infância, morei numa grande roça, com árvores frutíferas e espaço suficiente para brincar. Fui muito feliz, porque sou o penúltimo de uma família de cinco irmãos homens e, em razão disso, tive a atenção não só dos meus pais, como dos manos mais velhos, que eram de diferentes idades, do antepenúltimo para mim, a diferença era de sete anos.

Meu pai cercou uma área bem grande de terreno e começou a cultivar variedades de plantas. Ele era funcionário público federal e aos sábados e domingos, não trabalhava, ficava no quintal a cuidar da platação. A cerca que ele projetou era de arame farpado. A frente dava para a saída principal e no fundo tinha um portão de acesso à casa de minha avó. Foi colocado, nesse portão, luz elétrica e de dentro da nossa casa ligáva-se a luz do portão através de um interruptor. Possuíamos, na época, um cãozinho, que anunciava qualquer situação estranha no quintal. Foi feito também um quiosque para nos reunirmos.

Pela manhã, eu já acordava com o desejo de brincar no quintal. Corria de ponta a ponta: subia nos araçazeiros, saboreava os seus frutos; no sapotizeiro; no abacateiro e até nas imensas jaqueiras que existiam dentro do terreno. Certa ocasião,  pela manhã, bem cedo, fui ao fundo do quintal e verifiquei um saco de linhaça que se bulia com alguma coisa no seu interior. Chamei um dos irnãos e mostrei, ele apalpou e constatou que eram duas galinhas, que tinham sido roubadas de alguém e como o cachorro latiu e o meu pai acendeu a luz do portão, o ladrão que deveria estar dentro do nosso terreno, se assustou e voltou ao seu local de origem, deixando o precioso furto conosco. Uma das galinhas estava até para botar um ovo! 

26 de mai. de 2012

O SEU CABELUDO

Tem gente perguntando nessa vida de lambança,
Se ela voltou pra mim com boneco e tudo,
Eu tento reativar logo a minha lebrança
E às vezes não respondo, eu fico mudo.

Ela surgiu para mim, com um brinquedo de criança,
Brincou comigo de peteca e de cascudo,
A minha tentativa e a minha úica esperança,
É que ela deixe, por comnpleto, esse seu cabeludo.

Porque, quase sempre, ela não se cansa,
De brincar com ele de cambalhota e de escudo
Eu, com minha obediência e perseverança,

Só peço a Deus que ela deixe esse boneco de veludo,
Que ela recebeu do pai quando ainda criança
E, quer ficar para sempre com esse boneco sisudo!   

23 de mai. de 2012

O PENSAMENTO

Coisa extraordinária é o nosso pensamento,
Que nos transporta em qualquer momento
E em qualquer posição que desejamos ter
À disposição total do que se pretenda acontecer.

A gente olha o mar, como por exemplo,
E vê um barco que balança em razão do vento
Logo a gente viaja sem saber o porquê,
É que ele nos transporta sem se precisar saber.

Verificamos, então, como é importante o pensamento,
Que nos distrai e nos torna esquecido com o tempo
De quem nos fez mal e que nos fez sofrer.

Mas, se isso ainda perdura no meu sofrimento,
E aida lamento e me queixo de algum desalento,
Logo eu me esqueço quando eu me lembro de você!

18 de mai. de 2012

MULHER FUNDAMENTAL(Dei de presente uma boneca de plástico)

Mulher, eis aqui o seu presente,
De quem presente está com você,
Por que eu não estive ausente?
Você mesma sabe o porquê.

Dizem todos que amam,
Que isso significa amor,
Aqueles que não proclamam,
Morrem cedo com essa dor.

Boneca para uma igual,
Foi a maneira que eu tive
Para brindar-lhe afinal.

Ela é de plástico, banal,
Porém você ama e vive
Por ser mulher fundamental!  

MEU BEM QUERER

Minha mulher, você é a rainha do lar,
A senhora de mim, mãe dos meus filhos,
Sem você eu sou ninguém, me falta o ar,
Fico sem versos, sem estribilhos.

Você surgiu quando eu morria,
Morria para a vida e para o nada,
Você foi quem curou a minha apatia,
Foi mais que companheira foi uma fada.

Pois, com a varinha mágica do amor
E a tocha do bem querer lançada,
A doença exterminou, me ressuscitou.

Graças a Deus eu digo por lhe ter,
Jamais lhe guardarei rancor,
Você é o meu bem querer!

16 de mai. de 2012

OS AVÓS SÃO OS MESMOS

Nosso neto soluça de repente,
Nossa neta mais adiante chora,
Nós estamos bem felizes e contentes,
Porque eles estão conosco agora.

Esquecemos todos os afazeres da gente
O que temos que fazer, faremos outra hora,
Porque não é sempre que eles estão presentes
E não se demoram muito, logo vão embora.

Às vezes os dois choram, copiosamente,
E os avós ficam apreensivos, nesta hora,
Eles sorriem se eles param de repente,
E começam a brincar com eles, sem demora.

Assim são os avós, se amocionam facilmente,
E choram também quando eles vão embora
E ficam a pensar nos mesmos, inutilmente.

Todos os avós são os mesmos, no presente e outrora,
Convivem ou conviveram com netos hoje, ou antigamente,
E vivem ou viveram muito felizes naquela hora!\    

12 de mai. de 2012

CONFIAR DESCONFIANDO

Numa comunidade constituida de quinhentas pessoas, aproximadamente; de classes sociais diversas e com a faixa etária entre bebês aos noventa e poucos anos, existiam vários ricos pecuaristas até os simples trabalhadores braçais. Todos conviviam em completa harmonia e respeito mútuo. Os empregadores tratavam os seus empregados com dignidade e, por essa razão, contavam com suas fidelidades. Quem tinha dinheiro, procurava manter-se nesta situação, sem, contudo, explorar os que não tinham e esses, se orgulhavem dos seus zelos nas incumbências sob suas responsabilidades. Em casos de displicências ou falta de caráter de alguns, no serviço, eram julgados com desprezo pelos demais. Contudo, ninguém procurava dedurar os outros, nessas ocasiões. Quem necessitasse de um ajudante, colocava toda a confiança nele. Se, por ventura, ele não cumprisse suas obrigações, nenhuma pessoa estaria disposta a denunciá-lo ao empregador. Certa ocasião, um ricaço percebeu que seus cavalos estavam muito magros e com péssimas aparências, não obstante ele ter estocado muito alimento. Enquanto o cavalo do seu vizinho, que era pobre, estava bem gordo e com ótimo aspecto. Perguntou então para ele, qual seria a razão? Ele então o aconselhou: É preciso que o senhor urine nas patas dos cavalos três vezes ao dia: uma , pela manhã; outra ao meio dia; e a terceira, à noitinha. Apesar dele não acreditar nessas besteiras, ouviu a recomendação e assim o fez:

Pela manhã foi lá urinar nos pés dos cavalos e encontrou a baia completamente vazia de alimento. Chamou os empregados e mandou que eles colocassem a ração.

Ao meio dia verificou a mesma situação. Mais uma vez mandou colocar o referido alimento.

À noite, a situação se repetiu. Ele constatou com tristeza, o descaso daqueles empregados, além de saber porque os seus animais estavam naquele estado.

Resultado: Substituiu todos os empregados!   

O SUBCONSCIENTE

Que coisa interessante é o subconsciente,
A gente faz tanta coisa que até nem sente
E brilha em trabalhos feitos sem saber a razão
Aprende a dirigir, por exemplo, fica o tal na direção.

Que coisa interessante é o subconsciente,
Que em todos nós está sempre presente
E não se imagina qual seja a sua posição
Por sua exata consciência e tão pronta exatidão.

Só conta com o auxílio e com garbo, o consciente,
Que ao seu lado está ajudando, naturalmente,
Para aprender de início, algum trabalho ou lição.

Assim o nosso subconsciente, de repente,
Toma as rédeas e conduz tudo claramente,
Tudo aprendido e em tamanha perfeição!  

9 de mai. de 2012

"FAZES POR TI QUE EU TE AJUDAREI"

Era uma pessoa muito boa e querida por todos. Andava sempre despreocupado, na certeza de que corria tudo as mil maravilhas. Tinha amor ao próximo e procurava ajudar a todos com inteira dedicação. Certa ocasião notou que alguém estava sendo conduzido à delegacia, imediatamente procurou saber o motivo, e, como viu que era injusto, pagou a fiança e colocou o indivíduo em liberdade. Vivia só, mas tinha muitas amizades. Era dedicado ao trabalho e nunca faltou ao serviço. Teve muitas namoradas, mas se apaixonou só por uma que teve que viver no exterior, em razão do seu trabalho.Porém, ele, com a fé que tinha em Deus, esperava contrito, que ela houvesse de voltar a fim de viverem juntos. Era esportista e vivia a participar de torneios diversos. Como disse anteriormente, acreditava piamente em Deus e quando lhe acontecia alguma coisa, logo ele dizia:  Deus me ajuda!

O tempo passava e o nosso amigo procurava viver a vida de forma correta.

Certo dia, num banho de mar, a correnteza o levou para lugar distante e ele se viu sem recursos para voltar. Alguém veio de barco para salva´-lo, mas ele recusou dizendo: Deus vai me ajudar! Diversas pessoas jogaram cordas para ele pegar e ele firme, não quero, Deus vai me ajudar! Apareceu uma boia e ele não pegou! Infelizmente o nosso amigo veio a falecer, mas como agia bem na vida e acreditava no Senhor, foi para o céu. Lá chegando, perguntou a Deus por que ele não lhe salvou a vida? e Deus lhe respondeu: Mandei um barco, você recusou! Mandei cordas, você não quis! Mandei uma boia, você não aceitou! O que você queria que eu fizesse?   

28 de abr. de 2012

CIRCUNSTÂNCIA DE UMA ÉPOCA

Antigamente, quantas mães tiveram dez, doze, quinze, até maisde vinte filhos. Hoje em dia existe uma economia da prole, porque os nossos filhos, filhas, netos e netas, só têm, no máximo um a dois filhos. Esses descendentes são de uma energia, sem limite. A criança começa cedo a se movimentar, deixando todos nós surpresos. Antigamente elas iniciavam a andar, depois de um ano; a falar, com dois a três anos. Hoje, aos oito a nove meses, não aceitam mais engatinhar e passam a falar com pouco mais de um ano

A evolução dos tempos se concentrou mais em um ser. Até parece que a energia que seria distribuida entre muitos se acumulou em um ou dois. Assim, a mãe de ontem que criava com pouca dificuldade dez filhos é o oposto da de hoje, que necessita de muitas mães para criarem um só herdeiro. Por essa razão, precisa de babá, avó, avô. tia, tio e continua sempre a precisar de mais alguém.

Se nós tivermos necessidade de tomar conta de uma criança, é preciso uma atenção total, porque ela reconhece que é muito mais rápida do que nós e se dermos bobeira, ela nos engana na hora.

Se alguma mãe dos tempos passados, que criou dez filhos voltasse do além e convivesse, por um dia, com uma criança da atualidade, certamente diria: Eu criei dez filhos, mas não tinha nenhum igual a você!...       

25 de abr. de 2012

MEU PAI.

Pai, que sofrimento eu tive na sua partida!...
Estava com treze anos e por você era querido,
Em mim ficou uma lacuna, uma ferida,
Que não me fez esquecer aquele dia dorido.

Pai, lembro-me bem da sua constante lida,
Criar todos nós com amor incontido,
Que causou ciume na mãezinha querida,
Quando você ia trabalhar no feriado ou domingo.

Pai, essa ausência em razão da sua ida,
Foi cruél, constante, sem momento findo,
Porque fico a chorar a sua despedida,
Que maltrata o meu peito e continua ferindo.

Pai, difícil é esquecer a quem nos deu a vida,
Criou, amou, amparou, não nos deixou sofrido,
Como se pode deixar de lembrar a triste despedida
Quem tão precoce se foi, sem mesmo ter querido!

Pai, você não pode mais escrever tanta coisa linda
Que foi dedicada a seus filhos, antes de eu ter nascido,
Mas, eu lhe deveolvo em versos, alguma coisa ainda,
Que não se compara, no entanto, ao que nos foi oferecido.

Pai, acho que Deus, por sua bondade infinda,
Escolheu você como o seu verdadeiro amigo,
Muito me consola essa esperança concebida,
Pois lhe verei no céu, quando eu tiver partido!   

24 de abr. de 2012

TANTA BELEZA NA AVENIDA.

Ele se internou para fazer uma simples cirurgia de apêndice. Mas, como não tinha um bom plano de saúde ficou numa enfermaria composta por quatro pacientes. Todos do sexo masculino. Um se localizava na extremidade do salão retangular e seria submetido a hemodiálise; outro se dispunha no centro do compartimento e estava prestes a fazer uma cirurgia no´fígado e o terceiro, ao seu lado, junto à janela, doente de câncer na próstata, em fase terminal. Apesar das várias posições para se instalar, ele e os demais, que não estavam autorizados a se levantar, se conformavam com as respectivas posições, sem poderem descortinar a rua. Contudo, o seu vizinho, acometido da maldita doença, tornava para ele os dias mais agradáveis, pois, estando junto à janela, transmitia tudo que se passava fora. Falava das belezas vistas daquela posição. Certa ocasião ele descreveu um desfile escolar, com as crianças todas fardadas com os emblemas das escolas, descreveu que tinha muita gente assistindo; em segida um desfile militar; por último transmitiu um belo cortejo de pessoas vestidas com roupas antigas, acompanhadas do rei e da rainha e um palhacinho a fazer gracejos. Isso era diariamente e o nosso amigo ficava realmente deslumbrado e com desejo inconteste de olhar a rua.

Os dias se passaram e o seu vizinho teve que ser operado vindo a falecer.

Todos ficaram muito sentidos, principalmente ele que podia saber, diariamente, o que estava se passando lá fora.

Constrangido, mas querendo ficar naquele local privilegiado, pediu a enfermeira de plantão, que lhe trnsferisse de lugar, pois daquela posição ele poderia ver toda a avenida. A enfermeira então lhe disse que daquela janela ele não veria nada, só um terreno baldio desabitado. Ele então falou que não poderia ser já que o seu antido vizinho vinha informando tanta coisa bela, que por lá passava e ela lhe indagou: quém?ele respondeu: o Sr que faleceu há dois dias. Ela disse: não pode ser, Ele era cego!        

23 de abr. de 2012

QUEM CRIOU O UNIVERSO

Quem criou o universo está aqui ao meu lado.
Os naturalistas explicam uma revolução.
Julgá-los é preciso que Deus me dê dados
Sem o quê, julgá-los, por certo, não me cabe não.

Com lógica, pois sou historiador diplomado,
Não aceito essa complicada explicação
Quem criou o mundo foi um ser consagrado
Só pode ter sido Deus em minha opinião.

Acho que o naturalista está equivocado
E a sua pesquisa foge sempre a razão
Se encontramos seres do nosso lado
Que não têm a nossa mesma formação.

Animal que a gente mata, pobre coitado,
Para o alimento de toda a população,
Sempre existiram há tempos, no passado,
E hoje existem e no futuro existirão.

Só o nosso Deus pode ter o nosso universo criado,
Não sou católico e não tenho religião,
Mas, pela lógica, analisei com cuidado,
E que Ele me ajude nessa minha dedução!  

21 de abr. de 2012

PENSANDO NO PASSADO

Olhando o tempo a passar
Eu fico logo a meditar
Lembrando do meu passado
Que eu fiquei acostumado.

Amigos eu tive um bocado,
Crianças pobres para brincar
Assim corríamos para todo o lado,
Picula de se esconder e de pegar.

Mas hoje me sinto muito cansado,
Não de correr nem de me agitar,
É o tempo que passou mal-humorado
Colocou a velhice em mim para me atormentar.

A gente cresce, fica desacostumado,
De fazer tanta besteira sem cessar,
Então envelhece pensando no errado
E volta a ser criança a traquinar!

18 de abr. de 2012

ELA É TÃO FRAQUINHA!

Ele era fanático pelo serviço militar, principalmente pelas forças armadas, mas, como em sua região não tinha quartéis, ele se aproximava dos militares em serviço no horário de menor movimento, para colher informações sobre a corporação que o mesmo servia e como era o seu trabalho, se bom ou ótimo, porque para ele, mais ou menos, nesse setor não deveria existir.

Certa ocasião na cadeia pública, onde cumpriam penas muitos detentos, ele pôde se aproximar e por vezes frequentar a fim de observar o andamento do serviço.

Certa feita presenciou um fato interessante, ele deveria estar com doze a quatorze anos, quando os presos amotinados no espaço do recreio se revoltaram ao ponto de enfrentarem vários policiais armados de fuzis. A rebelião tomou conta do presídio, quando as tropas exigiram o recolhimento dos sentenciados. Ninguém queria obedecer e com armas brancas tentavam enfrentar os policiais. Impressionado ficou o Juquinha quando, em dado momento, a própria tropa chamou Zezinho, um sentenciado que não estava presente. O Zezinho em frente a todos os presos com uma peixeira na mão ordenou que todos se recolhessem no que foi imediatamente atendido. O juquinha impressinado com tamanha valentia daquele pequeno e franzino cidadão gravou logo a sua fisionomia. Cresceu e se fez cadete da Polícia Militar. Já com seus vinte e cinco anos era segundo tenente da referida corporação, estando a serviço na própria região, presenciou uma mulher que batia num homem gritando para ele ir logo para a casa, esse homem o oficial identificou como sendo o Zezinho, que teria cumprido a sua pena e estaria morando na redondeza. E, como ele se espantou, perguntou ao elemento se foi ele mesmo que enfrentou a rebelião dos presos revoltados, há muitos anos passados? Ele respondeu que sim e indagou: vosmicê estava lá? O tenente respondeu que estava mas que era ainda criança, ao tempo em que perguntou se ele estava concordando em ser subjugado por uma mulher? e ele respondeu: o que eu vou fazer seu moço, ela é tão fraquinha!

3 de abr. de 2012

JAMAIS DIGA: NUNCA EU VOU PRERCISAR DE VOCÊ.

Eu tive o meu primeiro emprego de carteira assinada, em mil novecentos e cinquenta e seis. Antes estudava fazendo o curso de cadete da Polícia Militar do Estado da Bahia. Teria terminado o terceiro ano de contabilidade pela Escola Técnica de Comércio, Anexa à Faculdade de Ciências Econômicas da Bahia, obtendo o diploma de Técnico em Contabilidade. Desliguei-me do curso de oficiais e passei a trabalhar como representante de laboratório de produtos farmacêuticos. Nas horas vagas, cantava em dupla com o mano, tendo nos apresentado em vários programas musicais, não só em rádios, clubes, entidades particulares, como na TV Itapoan, canal cinco. Passamos a ser, relativamente, conhecidos e, como sempre estivemos juntos, quem nos visse a sós, logo perguntava pelo outro. Figuramos também no filme baiano: "A Grande Feira" que teve a participação de Antonio Pitanga, Zé Coió e Geraldo Del Rey.

No meu trabalho, houve uma determinação da administração para não ser atendido em medicamentos (amostras grates), aos que ainda fossem estudantes universitários e que só deveria ser feito ao médico diplomado. Isso causou uma celeuma a classe estudantil e como eu fui designado para atender esse setor, tinha que ter jogo de cintura. Comecei a me comportar com relativa elegância, a fim de não causar maior antipatia à categoria. Por vezes, os estudantes me procuravam solicitando isso ou aquilo e eu os atendia no que fosse possível, sem sair da orientação da empresa e sem tornar-me deselegante. Certa ocasião, contudo, apareceu um universitário do penúltimo ou último ano de medicina que, visivelmente nervoso, solicitou-me um produto que só poderia ser dado ao profissional diplomado. Como não o atendi, me atacou com ofensas as mais diversas possíveis.

O tempo passou e eu não mais o vi.

Certa ocasião, quando retornava à minha residência, encontrei minha mãe apreensiva, pois meu irmão que tinha saído de lembreta (vespa), ainda não tinha chegado para o almoço e como alguém teria vindo a minha procura justificando pegar amostras, ela, sendo mãe, com o sexto sentido, pensou no pior. Foi quando, mais afastado, eu vi o meu antigo desafeto, que veio me informar que meu irmão teria sido atropelado em frente à sua residência e ele tomou as devidas providências, no sentido de socorrê-lo, encaminhando-o ao Pronto Socorro.

Saímos juntos para conseguirmos amostras, objetivando diminuir as despesas de medicamentos. Quanto ao sangue ele próprio teria doado para o mano. Ficamos amigos naquele instante, depois não mais nos vimos.

Hoje eu me pergunto: Aonde anda aquele amigo que eu tive a felicidade de me desentender e de pensar que eu nunca iria precisar dele?        

31 de mar. de 2012

DEZOITO VIDAS SALVAS

Ele teve uma infância muito ativa. Morava numa roça cheia de árvores frutíferas e grande área para correr, jogar bola, brincar de picula, empinar pipas, enfim: espaço suficiente e aprazível para tudo que a criança deseja e precisa. Algumas das principais brincadeiras era subir nas árvores e no telhado de um pombal, que foi construido encostado à parede de sua residência e instalado, por último, luz elétrica. A cobertura do referido pombal era de zinco e os fios elétricos, em contato, descascaram passando corrente. Como a estrutura era de madeira, ele subia isolado. Certo dia, repetindo a façanha, o nosso personagem encostou uma das mãos na parede mais alta do imóvel e a corrente elétrica o atingiu: dando um grito de terror, desmaiou inclinando o corpo sobre o telhado, com a mão ainda encostada na citada parede.

Sua mãe assustada, escutou o seu grito e avisou para o seu mano mais velho, que já era adulto e forte e foi ao seu socorro, conseguindo retirá-lo de lá, desfalecido e com a aparência fatal. O mano e sua genitora, em desespero, fizeram a sua respiração artificial durante algum tempo. Resultado: ele está aqui, já idoso, com oito filhos, nove netos e um bisneto, que correspondem às dezoito vidas que seu mano e sua mãe salvaram!     

23 de mar. de 2012

O ELOGIO

Espero que você me elogie por minhas qualidades. Dizia o esposo à sua companheira de longas datas. Ele, um intelectual de renome internacional e ela, uma simples dona de casa. Não obstante as diferenças de classe, viviam felizes e em completa harmonia. Ela, diversas vezes comentava sobre os feitos de suas colegas ou amigas, achando-as inteligentes e capazes. Ele, em razão dos seus afazeres, não ligava muito para essas observações. O tempo prosseguia e o marido a esperar que a dedicada esposa, percebesse o quanto ele era capaz e inteligente. Mostrava os seus trabalhos, os elogios diversos, as homenagens em várias regiões e a esposa continuava na dela, sem se empolgar com as suas realizações, achando ou pensando serem coisas banais. Apesar de toda essa indiferença continuava uma ótima dona de casa e excelente companheira.

Certa ocasião, na constante lida diária, percebeu um vazamento na torneira da pia de cozinha e logo comunicou ao esposo a fim de providenciar um encanador.

O querido marido não chamou ninguém, ele mesmo consertou.

Assim recebeu o aplauso da querida esposa e o elogio de inteligente e capaz, que tanto esperava! 

20 de mar. de 2012

O ZÉ DE ZILDA

Ele costumava dizer a sua amada: Você é o meu amor sincero e em torno disso há uma história!... Zé de Zilda foi um homem feliz algumas vezes, uma delas, quando conheceu a Zefa e por ela passou a nutrir um intenso amor e a cortejá-la. Zefa era, naquela época, uma garota de dezesseis anos completos, cabelos e olhos castanhos, pele bronzeada pelo sol do sertão baiano. Estatura mediana e com o calor tropical de muitos graus. Vivia em companhia dos seus pais, filha única. Seus genitores pretendiam para ela um futuro promissor, na certeza de que alguém, que viesse a desposá-la, fosse da capital e de estudos. O Zé era pobre e morava  na mesma região que eles e sem grandes perspectivas futuras. Vivia do trabalho braçal, cuidando da lavoura, numa propriedade dos seus familiares. Era de boa compleição física, moreno, estatura mediana, bom caráter, com dezessete primaveras completas.

Devido a insistência do Zé, a Zefa se deixou envolver e passaram a namorar com encontros fortuitos, sempre as escondidas de todos. O amor em Zé cresceu assustadoramente, não ocorrendo o mesmo com a sua amada, que o relegava a segundo plano.

Certa feita ele a confidenciou: Eu lhe amo e se você me trocar por outro, garanto matá-lo. A Zefa não dava importância e crédito as ameaças do pobre Zé e mesmo lhe tendo alguma simpatia, não desejava levar a sua vida naquela pobreza.

Um ano se passou. Na localidade, foi morar um jovem advogado, simpático e solteiro. Ele assessorava o Chefe da Comuna e nas horas vagas cuidava das questões dos fazendeiros e por alguma razão, tornou-se amigo dos pais de Zefa e a sua casa passou a ser frequentada pelo causídico, logo surgindo um romance, fazendo com que Zefa se afastasse do Zé. Este não se conformando foi diversas vezes procurá-la na sua própria residência, não sendo recebido por seus pais. Zefa casou-se rapidamente e viajou com o esposo para lugar ignorado.

Zé curtiu a sua dor por muito tempo e, um ano e seis meses depois, soube do retorno do casal. Eles viriam com a filhinha para ver os avós. Foi quando Zé , corroido pela saudade e sedento por vingança, planejou o crime: Eram seis horas da noite, o sino da Capelinha começava a tocar. A lua refletia uma luminosidade deslumbrante. Os vaga-lumes se aglomeravam entre os arbustos para os incessantes lumes. As estrelas davam um colorido todo especial e melhoravam ainda mais a luminosidade. Naquele momento, o Zé enroscado feito uma cobra, atrás de uma moita, ajusta uma espingarda em direçao ao peito do seu rival que vem se aproximando. "Deus escreve certo com linhas tortas". Pois, naquele instante, como uma proteção divina, uma criança é colocada nos braços do marido de Zefa, a mulher pede: carregue a nossa filha que eu estou cansada. Zé treme e murmura: eu já ia disparar a arma. Meu Deus, eu mataria o neném! Chorando, joga-se no chão e diz baixinho: salvou seu pai, criança!

O tempo passou. Zé, por muitos anos , não gostou mais de ninguem. Em compensação, foi para a Capital, arranjou um emprego e concluiu o curso universitário, custeado por seus próprios esforços. Diplomou-se em História e foi lecionar em um dos bons colégios da cidade. Continuava com o mesmo bom comportamento e, por essa razão, todos o admiravam. Para os alunos, em geral, era um verdadeiro líder. Entre as alunas, existia alguém muito especial, bem aplicada e uma das mais bonitas. Zé apaixonou-se por Zilda, seu verdadeiro nome e com a idade do seu antigo amor. O romance tem início e rapidamente ficam noivos. A Zilda corresponde a essa paixão.

Do namoro ao noivado pouco se sabia sobre a procedência de ambos, porém, nessa fase, era necessário que as famílias se conhecessem e assim partiram com esse propósito: Primeiro ao encontro dos pais da moça. Tal não foi a surpresa do Zé quando viu a sogra e o sogro, eram eles: Zefa e Alcides, o seu antigo amor e o seu antigo rival, que, também surpresos e emocionados, os receberam carinhosamente.

Zé, agradeceu a Deus por eles estarem casados e colocado no mundo a maravilhosa criatura que ele ia desposar.

Hoje,  casados e amados, Zé repete à esposa a frase: Você é meu amor sincero e em torno disso há uma história: Salvou seu pai quando você ainda não sonhava pensar e eu nem pensava lhe amar!             

19 de mar. de 2012

A INGENUIDADE

Certa ocasião, sentado na cadeira do papai, pois já o sou há algum tempo, bem como avô e bisavô.Lendo um dos jornais da cicade, com óculos para facilitar a minha visão, já que eu estava precisando; rodeado por dois filhos menores, porque os mais velhos deveriam estar com os amigos ou com namoradas. Li uma matéria que me interessava e como minha companheira estava cuidando da casa, eu comentei, ingenuamente, com meu filho pequeno de quatro a cinco anos, que estava a observar os meus óculos. Ele, no entanto, não entendeu nada do que eu lhe falei e o que estava despertando a sua atenção era outra coisa, exatamente o objeto que estava me facilitando ler melhor. Em dado momento, ele me pediu: Pai, quando eu ficar bem velhinho, você me dá uns óculos iguais ao seu? Eu respondi que sim! Porque como eu poderia explicaar a razão de não poder atendê-lo, se ele ainda não entendia o que significava a morte.
Lembrei-me então do meu queerido pai, quando tentou me explicar que um dia a pessoa teria que morrer e eu lhe disse: Eu não quero morrer não e ele me respondeu, eu tambem não e concluiu: você só vai morrer bem velhinho! Parece que ele acertou, porque até agora eu estou aqui e ele se foi tão cedo!  

18 de mar. de 2012

MÚSICA: LA VI AN ROSE - Versão: Carlos de Sena

Essa vida que nos traz
Recordações fatais,
Tristezas, dissabores.

São por vezes, tão banais,
Tão bobas, nada mais,
Que não nos causam dores.

E se estamos a sentir,
Ingrato amor partir,
Outro cobre em cores:

Para nunca esse amor recordar
E tão livre vai nos transportar
Junto ao novo coração,
Repleto de emoção,
A nos amar! 

14 de mar. de 2012

A RECIPROCIDADE

A rosa junto do cravo,
Escorregaram num rio,
O cravo tornou-se bravo,
Salvando a rosa do frio!

Mas a rosa, por gratidão,
Disse ao cravo nadador:
É teu o meu coração,
Pois foste meu salvador.

Eu gosto de ti querido,
Pois tu és encantador!
E o cravo bem comovido,

Disse a rosa, meu amor,
Sou teu cravo preferido?
Então és a minha flor!  

QUERO MAIS (Música elaborada na década de 60)

Quando estou nos teus braços querida,
Me apodero de grande emoção
E percebo que és toda minha vida,
No descompassar do meu coração.

Mas se acaso com muito carinho,
Julgas que já me destes demais,
O meu peito murmura baixinho:
Quero mais, quero mais, quero mais.

Meu bem, faças nesta canção
Dueto com o meu coração,
O amor, nunca, nunca é demais:
Quero mais, quero mais, quero mais!

12 de mar. de 2012

O ENVELHECIMENTO

Estou envelhecendo, é inevitável,
Quem nasce já começa a envelhecer,
Se acontecer comigo, é até louvável,
Mas, não com meus descendentes e nem com você!

Estou envelhecendo, falta-me até coragem,
De entender como isso pode rápido acontecer,
Deveríamos ser eternos na nossa imagem
Se você não me olha tododia, não vai me reconhecer.

A gente muda a cada hora, em ultrapsssagem,
Que o tempo vai correndo e não para de correr,
Melhor seria, que ele nos desse tempo de vantagem,
A fim de continuarmos os mesmos até morrer.

Porém, como disse: envelhecer é inevitável,
Basta se vir ao mundo para isso acontecer,
Mas, se acontecer comigo, acho até bobagem,
Não com os meus descendentes e nem com você!...

11 de mar. de 2012

O PREOCUPADO PENSADOR

Pelas ruas da cidade, passava um ancião pensativo que, consigo murmurava, refletindo a crise atual e como não tinha parceiro para o seu pensamento, pois todos estavam em busca das suas sobrevivências, tranquilamente caminhava no seu confabular.
Dizia a si próprio: Por que o homem luta para impedir a crise e a conjuntura atual continua a implantar os seus métodos extorsivos de custo de vida? Melhor seria que parássemos para pensar e analísássemos: Será que vale a pena a luta pela vida, quando a situação está de morte? Em que tempos o homem deixou de se divertir, de levar os fins de semana a devanear? Hoje é preciso ganhar, como ganhar, quanto ganhar?...Divertimento para quem? Porque, se uma pessoa pára, alguém fica com fome. Assim refletia o filósofo que, preocupadamente, estava analisando o mundo dos dias atuais. Em dado momento, topa com conhecido de longas datas e indaga-lhe: Você também virou máquina de sobrevivência? O velho amigo,  ironicamente, lhe respondeu: estou angariando dinheiro para minha morte, pois já estou bem próximo e o que me preocupa não é a vida e sim o cessar dela. Como hei de pagar o meu sepultamento? Será que nem posso morrer? Ou então faremos um trato: O que morrer depois custeará o enterro do primeiro, pois afinal somos bons amigos! Apressadamente respondeu o inteligente pensador: De jeito nenhum, serviços funerais estão pela hora da morte! 

FELIZ JUNTO A TI (música alaborada na década de 60)

Como me sinto mãezinha,
Feliz junto a ti,
Por ti milhões de amores
Deixei por aí,
Porque és sempre a razão
Da minha vida,
Quanto mais passa o tempo,
És mais querida.

Por ti milhões de amores
Deixei por ái,
Porque eles todos juntinhos
Não valem por ti,

Como doe meu coração,
Como fico a padecer,
Só em supor que um dia
Vou te perder!

7 de mar. de 2012

DECLÍNIO DA VIDA

Lembro-me bem daquelas festas de terreiro,
Que eu chegava sempre alegre e o primeiro,
Para ficar bem coladinho ao meu amor,
Criança linda, ainda em flor!

Ouvia o canto do primeiro boiadeiro,
Que transitava nessa ora e bem fagueiro
Para mostrar que era um bom cavalgador,
Tudo isso, infelizmente, terminou.

Agora eu vejo que naquele tempo sobranceiro,
Eu tinha a Rosa do Ranchinho e do Roceiro,
A flor que era bela, já murchou.

E eu que era tão bonito e altaneiro,
E que sempre quis ser o primeiro,
Fui o primeiro desta vida que murchou!

4 de mar. de 2012

EU HOJE AINDA NÃO BEBI

Eu o encontrei vagando pelas ruas da cidade. Seu rosto triste aparentava a angústia vivida por muitos anos, seu olhar vazio, traduzia a falta de esperança para o depois, parou no tempo. Tinha como obrigação diária, a frequência numa vendola da esquina, também precária como o seu estado físico. As suas amizades eram aqueles que perambulavam pelas calçadas a procura do nada, os que não tiveram o ontem e, possivelmente, não teriam o amanhã. A sua dormida proviória, era um carro velho abandonado próximo à minha residência, até quando alguém o tirasse de lá, pois já estava atrapalhando o trânsito.

Pobre criatura, prosseguir para que lugar, qual seria o seu destino? Nas rodas dos amigos, certa feita, eu o vi sorrir como ninguém, talvez tivesse razão para fazê-lo, afinal eles se entendiam.

Um certo dia cruzamos os caminhos, e ele, olhou-me, desprezivelmente, como se pensasse: esse é mais um burguês que infesta a nossa cidade e o governo não toma nenhuma providência! Outra ocasião, postado à minha janela, de madrugada, quando surpreendera um marginal tentando roubar o meu veículo, o vi saíndo do carro velho abandonado na rua e, apesar do acontecido, não chamou a sua atenção. Foi como não estivesse presente ou então, fatos com este, fossem por demais corriqueiros em sua vida.

Várias vezes tive o desejo de abordá-lo para falar do seu passado, dizer que eu fui o seu vizinho, que ele foi inquilino de Dona Júlia, minha avó, casa situada no topo de uma colina e rodeada de arbustos, onde as pessoas eram iguais e as crianças acreditavam no futuro. Contar de tudo que lhe pudesse interessar e alegrar, porém, o tempo inimigo daqueles que tentam a luta pela sobrevivência, impedia que assim eu o fizesse.

Certo dia, fugindo à rotina, inesperadamente, o interceptei: Radi! Ele parou, continuei a falar: você não me reconhece, eu sou o Cacá, fomos crianças juntos; O seu nome próprio é Radiomar, porém, o chamei pelo apelido para lembrar os seus pais que assim o chamavam. Você morou próximo a mim. Lembro-me bem  quando você nasceu, a alegria foi tanta de todos os seus, que eu até tive inveja, eu era muito pequeno, porém, recordo que o meu mano mais velho lhe batizou. Seus pais, eufóricos, quiseram lhe dar o nome de Boa Ventura a fim de lhe proporcionar mais sorte, já que era também o nome do seu genitor.

Constantemente as nossas famílias se reuniam para fazer alguma festa em sua homenagem. Diva, sua mãe, faleceu cedo, você deveria estar com seis e eu com doze anos, aproximadamente. Você continuou em companhia de seu pai. Eu, pouco tempo depois, me afastei e nunca mais o vi. Agora, porém, depois de longo tempo, tive a satisfação de lhe encontrar, rever o velho companheiro de infância: o Radiomar ou Radi de Boa Ventura. Como está você, em que posso servi-lo, o que quer de mim? Ele olhou-me detidamente com a expressão de súplica e disse:  Moço, me dá um dinheiro aí para eu tomar um trago, minha gargante está seca, eu hoje ainda não bebi!...     

3 de mar. de 2012

FILHA MINHA

Menina, olha que coisa linda,
Você parece muito com o seu pai
Com a expressão de uma ternura infinda,
Que no semblante se externiza e cai.

Menina, manhã que não finda,
Dia cada vez mais a clarear,
Seu rosto de alvura linda,
Os sentimentos a se despontar.

Menina, você é mais que um ser,
É a crença de um devoto e a sua inspiração,
Que vive a lhe querer, amando até morrer!

Menina, Deus se esmerou nesta construção,
Que até Ele mesmo, demorou para crer,
Se o Deus era Ele, ou você então!... 

29 de fev. de 2012

FUI E SOU MOTORISTA DE MADAME

Sou sociólogo, historiador, escritor, poeta e cantor, mas já fui e ainda sou motorista de madame: Fui motorista de uma socióloga, tempos atrás; de uma médica, depois de um determinado período; e hoje, sou motorista de uma técnica de enfermagem.

São coisas da vida, porque, como disse: como sociólogo, eu servi na Sudesco - Secretaria do Trabalho e Bem Estar Social; na Vila Olímpica da Baha; no Centro Social Urbano de Vasco da Gama e depois como gerente do Centro Social Urbano de Mussurunga; fui assessor do Projeto Rondon e sociólogo da Ajuda Social à Criança no Itaigara.

Como historiador, fui professor do Treinamento e Aperfeiçoamento dos funcionários da Prefeitura
Municipal do Salvador; presidente do Grupo de Treinamento da Prefeitura Municipal do Salvador; professor do Projeto Rondon; professor do ginásio Cleríston Andrade.

No setor artístico, formei uma dupla com o mano e nos apresentamos em várias programações musicais: boates, casas de cha´, clubes, associações, emissoras de rádio e televisão. Fizemos a campanha de Heitor Dias à Prefeitura Municipal do Salvador.

No setor individual, Participei da Pesquisa sobre o Artesanado Baiano da Secretaria do Trabalho e Bem Estar Social.
Pesquisa sobre as Belezas da Bahia, divulgada no Catálogo Telefônico.
Publiquei através do jornal "A Tarde" poesias, crônicas e contos.
Lancei o livro "Uma Vida em Prosas e Versos".

Hoje continuo a me apresentar, amadorísticamente, em várias apresentações musicais.

Mas, como disse , anteriormente, fui motorista de uma socióloga: minha ex-mulher; depois, motorista de uma médica: minha ex-mulher: e hoje sou motorista de uma técnica de enfermagem: minha atual mulher!    

26 de fev. de 2012

MINHA ATUAL COMPANHEIRA

Tive uma grande emoção com você,
Naquela noite em que lhe tirei para dançar,
Eu nunca dancei tanto e sei bem o porquê,
Estando você ao meu lado, eu não queria parar.

Tive outra grande emoção com você,
Na noite em que lhe pedi pra namorar,
Naquele instante, eu não queria nem saber:
Se existia um outro alguém no meu lugar.

Tive a terceira grande emoção com você,
Essa eu não devo e nem posso contar,
Porém, todos perceberam e todo mundo vê:

Que juntos estávamos e unidos vamos estar,
Bem transparentes e sinceros, só para quê:
O nosso amor não venha algum dia terminar!

MINHA VERDADEIRAMENTE

Mas com surpresa eu te vi deitada,
No leito mole de minha camarinha,
A contemplar-me como encantada,
Teus lindos olhos a me olhar, sorria!

Tomei-te aos braços num desejo louco,
De ter-te ainda mais junto de mim
E vi que o tempo para nós é pouco
E para amores que se amam assim.

Minha querida, eu te quero tanto,
Que ficaria junto a ti, somente,
A contemplar-te neste puro encanto.

Porque Deus, ser onipotente,
Quando te fez com o poder de Santo,
Criou-te minha verdadeiramente! 

EU PRECISO TUDO DE TI (Elaborado na década de1970).

Eu preciso de ti nesta minha vida,
A clarear os caminhos que eu passar
E retirar os espinhos dessa imensa lida,
Viver para mim somente, sorrir, sonhar!

Eu preciso de ti para me dar alguém,
Que se pareça contigo, tenha teu olhar,
Que seja teu, mas seja meu também,
Viva te amando, chegue a me amar...

Eu preciso de ti como a abelha da flor,
Como o céu das estrelas, a terra do mar,
A canção do poeta e a pintura da cor.

Eu preciso de ti em tudo que eu lembrar,
Dos teus pensamentos, seja lá o que for...
Até preciso pensar o que eu não vou precisar!

25 de fev. de 2012

A QUEM PEDIR PROTEÇÃO CONTRA ESSA ABERTURA

Engraçado foi o que aconteceu naquela cidadezinha do interior baiano, nos idos de mil novicentos e quarenta e oito. A população era estimada em trinta mil habitantes, onde as principais distrações eram, um precário cinema, um bilhar no bar da esquina e a abilhudice à vida dos vizinhos. Namorar não passava de apertos de mãos, pelo menos em praça pública, porque moça que se prezava, não ficava no escuro e não podia agradar namorado ou noivo na presença de olhares curiosos.

Os encontros eram de preferência, no banco do jardim ou na porta da casa da donzela e, porque não dizer: bem afastados um do outro. Felizes eram aqueles que podiam manter relações amorosas, sem dar a perceber aos olhares maliciosos e isso só podia acontecer no mais absoluto sigilo.

A singela cidade tinha um prefeito, três vereadores, um delegado, quatro praças e dois guardas noturnos. O chefe da Comuna, por exercer cargo político, era maleável, cordato, acessível, a fim de alcançar um maior número de adeptos; não acontecendo o mesmo com o chefe policial, homem sisudo, intransigente, que chegava ao extremo da integridade policial, não admitindo mal feitos, mesmo pela primeira vez ou a título de brincadeira. Camarada que não procedesse corretamente dentro da comunidade, seria enquadrado, e se viesse a se rebelar, seria conduzido a xilindró.

Certa feita, um amigo se fez de valente e começou a praticar desatinos. Logo que o delegado tomou conhecimento, o prendeu em flagrante. Resultado, quatro dias de xadrez. Não havia jeito de não aceitar a situação. O homem era mesmo fora de série. Estava sempre no cumprimento do dever. Esse delegado passava o dia inteiro na Delegacia e à noite, dava rondas na pracinha, deixando um soldado de prontidão no órgão central.

Existia um cidadão, filho da comunidade, fazendeiro abastado, chamado José Prudente, homem cauteloso, discreto, ponderado. Muita gente o admirava e gostava também da sua namorada, a Clotildes, moça atraente e de boa reputação. Os dois se namoravam no banco do Jardim com todo o respeito, há algum tempo e os seus passeios normais, tinham como ponto culminante, a Pensão de Dona Maria, pois ambos eram hóspedes. Bem verdade que cada qual tinha o seu quarto (durante o dia) pois quando a noite chegava, depois do passeio de costume, quando eles voltavam à pensão, o Prudente, com muita cautela, conseguia ultrapassar o tabique que servia de divisória e penetrava no quarto da amada, passando as noites com a mesma. Mal sabia que em certa posição do quarto, havia uma abertura, onde poderia ser observado. O tabique não atingia a parte superior do teto e por isso permitia uma ótima ventilação. O Sr. José , porém, estava certo de não haver olhares curiosos, porque o quarto era contíguo a outro de um dentista de bom caráter e amigo do delegado Florentino, a quem o Sr. Prudente devotava a mais respeitosa admiração.

Certo dia, depois do habitual passeio no jardim, o casal recolheu-se, cada qual no seu aposento e depois da meia noite, a cena se repetiu, o Sr. Prudente, prudentemente, subiu no tabique e rapidamente alcançou o outro lado e aos beijos e abraços aconchegou-se ao seu amor. A praça, na altura dos acontecimentos, dormia um sono tranquilo. O guarda noturno anunciava sinais de vigilância. O Sr. Prudente, naquele instante, desfrutava momentos deliciosos, sentia-se protegido e muito mais seguro.

De repente, forte barulho ressoou no quarto ao lado, pertencente ao cirurgião-dentista, em direção a abertura, como se alguns objetos tivessem tombado ao solo com muita violência e o casal voltando o olhar    para a parte superior do tabique, divisou o chefe da comuna, o chefe policial, o dentista e os demais políticos da região que, através da abertura estavam a bisbilhotar a vida íntima dos dois. Em ato reflexo, o Sr. Prudente gritou: Sr. DELEGADO!...E tristemente pensou: a quem pedir proteção contra essa abertura?     
       

14 de fev. de 2012

FIM DE UM RELACIONAMENTO (Elaborado na década de 80)

Aquela geladeira, pode ficar, é sua,
Bem como as duas mobílias lhe pertencerão,
São seus aqueles meus retratos no mundo da lua,.
Pois os tirei bem antes da decepção!

Se existem algumas cartas velhas minhas,
Que tratem ou não tratem de algumas meninices,
Pode ficar, pois antes, só lhe disse besteirinhas,
Mas agora sou adulto, não repito mais tolices.

Pode ficar com tudo que for meu, concedo,
Até meu filho se preciso for, eu deixo,
Pois já o fizesse até de mim, ter medo.

Fique com tudo, porque eu não me queixo,
Menos meu eu, com todo o seu enredo,
Porque com você, é que jamais eu deixo!  

13 de fev. de 2012

PARABENS AOS NOSSOS AMIGOS

Parabens aos nossos amigos
E amigas que jamais devemos esquecer!
Sem suas amizades, seria  um castigo,
Que não valeria a pena a gente viver.

Parabens aos nossos amigos!
Brindemos todo dia, que é bom como quê:
Um bate papo, com conversa, sem sentido,
E o tempo passa sem a gente perceber.

Parabens aos nossos amigos!
Triste quem não os têm e nem quis ter,
Porque envelhece precoce e esquecido,
Passa na vida sem mesmo compreender.

Parabens aos nossos amigos,
E aos que se foram sem conosco conviver!
Embora a lembrança nos traga lenitivo,
Supondo que na eternidade devemos nos ver.

Parabens aos nossos amigos!
Que Deus os proteja nesta vida pra valer,
Assim ficamos mais felizes, mais queridos,
Queridos por ele e ela, queridos por você!...






11 de fev. de 2012

CAIRU

Cairu, bondoso és tu,
Soberbo e altaneiro
Te prende no seu celeiro,
Um rio bom pra chuchu.

Rondando tua margem espanta
Mar bravo que vem do além,
Enquanto soluça e canta
Cantigas que o mar não tem.

Sozinha, bem afastada,
Surge ilha de primor
Igrejas edificadas
Para abrigar o Senhor.

Povo simples, delicado,
Mas altivo e varonil,
Cidade da minha Bahia
Cuja história principia,
A história do meu Brasil! 

LUZ DA INSPIRAÇÃO - (Esse soneto foi criado nos meus vinte anos)

Se, por ventura, me faltar a calma,
Nessa dolente luz da inspiração,
Por certo, há de sentir minha alma,
O refletir distante de um clarão.

Se, por ventura, me faltar o tema,
Nesse soneto banal, sem emoção,
Eu ficarei eternamente rindo
Das brincadeiras que esdcrevi em vão.

Mas, se acaso, esse soneto findo,
Vier a reluzir na imensidão,
Por certo, eu chorarei sorrindo.

E algum dia triste e desolado,
Farei bramir na tenda da ambição,
Recordações imensas do passado.

9 de fev. de 2012

EU JÁ ROUBEI

Quem disser que nunca teve a oportunidade de roubar, está mentindo. Porque todos nós temos sempre a oportunidade de fazê-lo. Quando isso não acontece é porque a coragem nos faltou, por motivos éticos ou mesmo por não necessitar. Na maioria das vezes, é por puritanismo, com receio do moral ficar abalado.
A maioria dos ricos, o são, porque herdaram de alguém, ou subtrairam o que não lhes pertencia, ou mesmo foram contemplados num grande sorteio. Pois, como diz o adágio popular: "Quam não rouba, não herda, enriquece uma merda" Quando este é contemplado num valoroso sorteio, enrica. Existem aqueles que pretendem enriquecer através do trabalho honesto, mas, quando isso acontece, já estão velhos.
Comigo aconteceu o meu grande furto, e como: Vínhamos eu e um colega de um trabalho externo, da secretaria em que trabalhávamos. Como era período de chuva, saímos com o guarda-chuva, no retorno, necessitei passar no banco (Baneb) e como precisava assinar um documento, pedi para o colega que ficasse com o guarda-chuva. Encostamos no balcão do referido banco e, resolvido o meu problema, saímos, e eu com um guarda-chuva no braço e aí me perguntei, de quem é esse guarda-chuva, se o colega está com o meu?
Alguém teria colocado no balcão, enquanto fazia o mesmo que eu e, distraidamente, eu surripiei o seu guarda- chuva!...        

CONFISSÃO DE UM CAIPIRA APAIXONADO

Seu Padre eu vou lhe contá,
O que se passou por lá,
Com esse caboco João:
A história é muito fremosa,
Que passou com eu e a Rosa,
Lá prás bandas do Sertão.

Esse caso é afamado
Só pro fato de ser dado
Ao caboco, a condição,
De levá o ano inteiro,
Como cabra prisioneiro
Das grades dessa paixão.

São passados cinco anos,
Que eu conheci a caboca
E que nosso amô nasceu,
Eu beijava a sua boca,
Essa paixão era louca
Inté que um dia morreu.

Morreu pruque um dotô,
Só pru mode tê amô
Com ela quis sê feliz,
Carregando com a caboca
Deixando minha alma louca,
Meu coração assim diz.

Eu fiquei desesperado,
Quis matá esse danado
Que minha vida levô
E jurei pru minha amada,
Que seria bem vingada,
A paixão que me robô.

E um dia , pensei vingá,
Corri pra estrada deserta,
Por trás da moita coberta,
Esperei ele passá,
Mas quis lhe dizê primeiro,
Que o cabra prisioneiro,
Das grades dessa paixão,
Não matava um forasteiro ,
Por trás da moita, a traição.

Só matava com ciência,
Pra que a luz da providência
Nele pusesse o perdão.
Era seis horas da noite,
Já começava a tardá,
Na igreja da Capelinha
As badalada a tocá.

Quando avistei a Rosinha
Trazia nos braços a filhinha
E se vinha para cá,
Pela pobre criancinha
Fui forçado a perdoá,
E foi assim, meu pecado,
Veja se tenho perdão,
Por Nosso Senhor Jesus Cristo:
Tenha de mim compaixão!  

8 de fev. de 2012

O ESQUECIMENTO

O esquecimento é um dos fatores que provocam situações desagradáveis. Por exemplo: Quando estamos a dirigir e somos interceptados por algum preposto policial em solicitação a nossa habilitação e a  esquecemos em casa,  e, quando precisamos extrair documentos e deixamos de levar a cédula de identidade para a devida comprovação. São inúmeros os fatores que provocam em nós um grande mal estar.
Certa ocasião , viajávamos de carro, eu e minha mulher para o Rio de Janeiro e, como não queríamos dirigir direto, íamos passando por várias localidades, a fim de descansarmos e prosseguir viagem no dia seguinte. Em algumas cidades demorávamos um pouco mais, em outras, permanecíamos um período mais curto. Passamos em Itabuna e Ilheus, para depois ficarmos em Porto Seguro, onde demoramos um número maior de dias. Em Itabuna nos hospedaos num hotel que dava o fundo para a praia e o restaurante ficava liberado também,  aos banhistas.
Levávamos na ocasião, quarenta mil cruzados, moeda da época do governo de Sarney. Esse valor cobriria toda a despesa de viagem, inclusive a estadia na Cidade Maravilhosa. Numa dessas ocasiões, descemos para o almoço no referido restaurante. Feito isso, retornamos ao quarto de dormir e começamos a comentar o prazer da viagem, analisando o que se passou  e o que poderia advir mais adiante, certamente com o desejo de que tudo fosse bom, como vinha acontecendo até o presente momento. Passado algum tempo, a companheira perguntou pela bolsa, onde continha toda aquela importância? Eu não soube responder. Verificamos em todo o quarto,  não estava! Fomos ao nosso carro e nada! Depois de muito tempo, lembramos do restaurante e aí descemos em correria. Divisamos as cadeiras e mesas que possivelmente estivemos sentados, mas não encontramos. Uma garçonete nos indagou sobre o ocorrido? Quando apareceu uma outra, que nos disse: Está comigo. Esperei o casal que esteve sentado ali, há algum tempo, porque pensei que fosse o dono, para eu devolver.
Agradecemos primeiramente a Deus e depois aquela criatura, que nos devolveu a bolsa intacta!  

7 de fev. de 2012

UM FATO CURIOSO NA MINHA VIDA

Na minha adolecência , um fato curioso me despertou a atençao, por meuito tempo, e olhe que eu não acreditava e jamais acreditei em visagens ou alma do outro mundo. Porém, nessa época, quando beirava os 17 a 18 anos e não tinha mais pai, fui morar na Av. Vasco da Gama, em frente ao dique do Tororó. Naquele tempo, só tinha de transporte o bonde de Rio Vermelho de baixo que, de vez em quando, descarrilava, ou quebrava.
Fomos morar lá,eu, minha mãe e o meu irmão mais moço, porque, anteriormente, éramos os proprietários do terreno que hoje comporta o Estádio Octávio Mangabeira (Fonte Nova) e o governo do Estado nos desapropriou para construir não só o estádio, como a Vila Olímpica da Bahia. Então fomos indenizados e como sempre vivemos em roça, procuramos alguma área suficiente, nas proximidades, tendo surgido esse local, onde construimos uma boa casa, com grande parte de terreno e árvores frutíferas. Posteriormente, o Estado, mais uma vez nos desapropriou parte do terreno para construir a Lavanderia Antonio Balbino.
Ficamos morando nesse local. Eu saia quase todas as noites ao centro da cidade, a fim de me divertir, indo ao cinema ou mesmo atrás de alguma paquera.
Certa ocasião, me demorei mais um pouco e tentei retornar à minha residência. Como não tinha mais transporte, em vista do horário, resolvi voltar pelo Tororó, para atravessar o dique através da barca. Teria feito isso, outras vezes, durante o dia.  Quando cheguei ao topo da ladeira, que dá acesso ao dique, vi uma senhora, baixinha, escura, de idade avançada, que subia a ladeira resmungando. Tomei a princípio um susto, quando ela me perguntou pelas horas? Quase não pude responder que eram 3:00 da madrugada. Ela então falou: Atravessei o saveiro e já subi nem sei quantos degraus, estou cansada!
Quando cheguei lá embaixo, o saveiro não estava do lado de cá, então gritei para o saveirista, que tinha o apelido de Moreno, ele veio ao meu encontro e eu lhe disse: aquela senhora que você atravessou estava morta de cansada! Ele perguntou: Que senhora? Eu falei: aquela que você atravessou nesse instante...Ele falou: não passou ninguém por aqui, há algum tempo, eu estava até dormindo, quando você me chamou!       

6 de fev. de 2012

PARABENS A TODOS OS PAPAIS

Parabens a todos os papais!
Pelos acertos que conquistaram na vida,
Fazendo filhos e a alegria é demais,
Junto a mamãe ou companheira querida.

Parabens a todos os papais!
Lembro-me sempre com a existência dorida,
Do meu que se foi e a lembrança me trás,
Um bom cosolo e a alegria embutida.

Parabens a todos os papais!
Pois filhos tenho e a alegria está mantida,
Na casa deles a euforia é demais,
Porque são pais com a mocidade rejuvenescida.

Parabens a todos os papais!
E ao filho que lhes ama, ou filha querida,
Pois, Papai do Céu, com certeza vai:
Orar por vós por toda a vossa vida!...

5 de fev. de 2012

HOMENAGEM AO AMIGO MOMÓ

O grupo não ficou esquecido
Do tempo em que você viveu
E eu fiquei muito sentido,
Você foi sempre amigo meu:

Muitos anos antes de você ter partido
Para junto do Senhor, que lhe concedeu
A glória de você ficar mais querido
Nas cordas do instrumento seu.

E na seresta que você criou, comovido,
Com a inspiração que Deus lhe deu
Eu continuo aperfeidçoando o meu ouvido,
Ao participar, às quintas, do que permaneceu.

E assim, grande Momó,os tempos idos,
Não acabaram nossa união, que sempre cresceu,
Onde recordo os momentos vividos
Com a lembrança sua, que em mim não morreu!   

4 de fev. de 2012

A INFIDELIDADE.

Sem rumo, sem direção,
Segue um balão a vagar
E não se sabe o seu fim,
Aonde irá repousar?

As vezes cai muito perto
De um grande e belo pomar,
Outras vezes, cai distante
Nas verdes águas do mar.

Assim é o nosso destino:
Não se sabe a direção,
Vem sempre a aragem zumbindo,

De uma maldosa traição
E modifica o caminho
Para a estrada da perdição!

3 de fev. de 2012

PERFUME DOS MEUS DIAS

Lá no meu paraiso, onde o vento constante pulveriza as palhas dos coqueiros; as mangueiras e pitangueiras,  com suas flores, oferecem um perfume aromatizante em toda a sua extensão; as bananeiras se desfolham em verde e amarelo para provar que são mais brasileiras; a goiabeira se renova, sombreando a acerola e a carambola, enquanto as flores da bouguenville de rosa arroxeado dão um colorido estonteante , à sua pérgola protetora, que fica ao lado do chalé e do apartamento onde está o meu quarto de dormir.
À noite, no mais profundo silêncio, percebo , ao longe, os saveiros que vão a pescaria noturna. Colocando o cortinado em posição, a fim de impedir algum pernilongo a me incomodar, reflito um pouco sobre minha situação, enquanto tive tantos amores e estou sem nenhum, no momento, mesmo assim não deixo de assistir na TV: "Essas Mulheres", novela inspirada no romance de José de Alencar. Nesse tempo, aguardo algum telefonema dos meus familiares. Quando isso não acontece, me aconchego ao repouso com portas e janelas fechadas e a certeza de que ninguem estará a me bisbilhotar.  
Pela manhã, escuto ao longe o canto do galo ao anunciar o amanhecer e como estou só, procuro levantar nesse horário, quando ouço um pássaro atrevido que me diz: Bem ti vi, surpreso escuto outro que, me vendo só, sem mulher, conclui: Fogo apagou!... Ora essa, desço feliz, mas com um porém, porque não queria ser surpreendido no meu aposento e muito menos com essa conotação de que minha vida sexual não mais existe, coisa que não é verdade!  

VIVAS LEMBRANÇAS

Na parede do meu atual recanto,
Muitas fotas junto a ela estão,
Lembra o presente e o passado encanto
Com harmonia e com grande expressão,

Na minha trajetória, entretanto,
Elas, certamente, comporão:
O registro de quem produziu tanto
Fazendo filhos com muita devoção.

Fotos que assim me casusam pranto,
E a lembrança me renova então,
Vendo o passado, no presente estanco.

Todos os meus filhos retratados são,
Se alguem pergunta, onde estão, no entanto,
Logo eu respondo: dentro do meu coração!  

IOIÔ E ZINA (MEUS QUERIDOS PAIS)

Ambrozina ainda menina,
Gostou de Ioiô rapazola
E os seus encontros com o Sena,
Eram na casa da Teodora.

Ioiô e o mano Lilico
Faziam boa parceria,
Sendo que a pinga no bico,
Só o Lilico fazia.

Ioiô não bebia nada,
Nem mesmo com seu amor,
Que era uma parada,
Porém, bela como a flor.

Para não ficar sozinho
Tão distante da rocinha,
Ioiô falou com o maninho
Pra namorar a vizinha.

E surgiu a tal donzela
Para lilico, um amorzinho!
Seu nome lindo era Bela,
Filha do vizinho Antoninho.

A dupla se completou
Começando a namorar,
Primeiro Ioiô se casou
Vindo Lilico a imitar.

Sem emprego e sem tostão
Mas se casou com a Belinha,
Menina de posição
Pelos recursos que tinha.

O sogro, um português,
Trabalhador pra valer
Pelos meninos que fez,
Pode-se assim compreender.

Dono de roça tão bem,
Que a tantos deu de comer,
Muito trabalho também
Para os filhos ver crescer.

Pobre Lilico, ao contrário,
Só filhas teve, acabou-se,
E o juvenal, pobre otário,
Perdeu a Rosa, enxifrou-se.

Enquanto Ioiô prosperou,
Não teve Rosas, mas flores,
Pois só com Zina ficou,
Que lhe deu muitos amores:

Nos cinco filhos nascidos
De arrepiar seus cabelos
E hoje todos crescidos,
Que bom lá de cima vê-los!

Se vivo estivesse agora,
Nenhum pelinho assentava,
Nenhum cabelo , com cola,
Em sua cabeça ficava.

Se ele quer saber tudo então
Nesse progresso de ponta a ponta,
Pergunte à sua paixão
Que foi pra o céu, ela conta.    

2 de fev. de 2012

ENGANAM-SE

Disseram-me, certa vez, que eu era ultapassado
E que motivo me fez ter mulher pra todo lado,
Eu respondi com franqueza, do jeito que assim me faz
É só saber com certeza, o amor que ela me traz.

Pois sem amor, nada feito, se não gostar muito de mim,
Meu desejo está desfeito, eu sempre fui mesmo assim,
Porque não adianta carinho, se não houver o amar,
Prefiro ficar sozinho, eu mesmo vou me gostar.

E confirmando com nobreza, se muitas eu tive, "talvez"
Quero aceitar com pureza por ser assim, toda vez.
Ainda respondo, pois não, que não sou ultrapassado
O certo é ser um Sultão, por ter mulher pra todo lado!   

GAROTA ABUNDANTE

Quando ela passa, todo mundo espia,
Não para a cara, embora ideal formosa,
Mas para a bunda, que bunda deliciosa,
Que bunda, eu nunca vi tanta magia!

Requebra, anseia, rodopia,
Dentro de uma expressão maravilhosa,
Deve ser uma bunda cor de rosa
Da cor do céu, quando desponta o dia.

E ela que sabe que sua bunda é boa,
Vai rebolando, rebolando atôa
Deixando a multidão maravilhada,

Que a contempla num silêncio mudo
Vendo uma coisa, que não vale nada
E ela com arte faz valer tudo!
  

1 de fev. de 2012

FELIZ NATAL

Deambro de 2008, está chegando o Natal
E com ele a alegria e muita esperança
Em termos uma boa saúde e um maior capital,
A fim de vencermos as dificuldades que nos alcança.

Lembramos dos entes queridos que se foram, afinal,
E as ruas são iluminadas e enfeitadas com lembranças,
O povo rir curtindo o bem, desprezando todo mal,
E assim, em cada lar acontece a devoção e a bonança.

As crianças recebendo seus presentes, que legal!...
E a gente entendendo que tudo isso é a mudança
De todo um comportamento nesse dia especial.

Pois todos nós somos gente, que não se cansa
De nos querermos tanto, mais que o normal,
E desejarmos a todos: saúde, paz e segurança!      

NOITE DE SÃO JOÃO

Olhando um lindo balão,
Vagando por todo  lado,
Eu tive grande emoção
Ao relembrar o passado.

E com alguma exatidão,
Quando garoto, agitado,
Junto eu e meu irmão,
Saltávamos balão pegado.

Não tinha ainda a noção
Do mal que era causado,
À lavoura, à criação
Do mundo, não globalizado.

Ciente que essa diversão
Do homem, não industrializado,
Destrói a grande plantação
E o que por Deus foi criado:

Não mais soltarei balão, não!
Estarei analisando o pecado
Daquela linda distração,
Que eu participei um bocado.

O que faço agora, então,
Para eu não ser criticado?
Nas festas de São João, no salão:
Colocarei balão apagado!...
  

SERGIPE

Estivemos em Sergipe
E estamos agora pensendo:
Que o sergipano, uma metade é Sergipe,
A outra metade é baiano.

Ficamos impressionados,
Com o tratamento que encontramos,
Que, se nós não fóssemos baianos,
Queríamos ser sergipanos.

E logo que aqui chegamos,
Na cidade em que vivemos,
Com saudade dos que visitamos
E a esperança de que lá voltemos.

A fim de rever aquela gente,
Que a homenageá-la estamos,
Amor aquela terra a gente sente:
Tanto e quanto os sergipanos! 

O VELHO

Velho não é aquele que tem mais idade,
É aquele que da mocidade sente saudade,
Em razão disto, fico feliz por esse tempo de vida,
Apesar do amargor e de encontra muita lida!

A gente conta o tempo e despreza a coisa sentida,
Para não criar angústia e nem produzir ferida,
Participando do hoje sem pensar no amanhã,
Para não sofrer no rosto e ter a mente sã.

O idoso não deve sofrer por ter mais idade,
Nem atrair mais gente, somente, em solidariedade,
Ao cortejo da sua sepultura com afã.

Deve sim: produzir alegria, para deixar saudade,
Porque velho, não é aquele que tem mais idade,
É aquele que tem saudade da sua mocidade! 

OS PAPAIS NOEL

O Papai Noel se caracteriza por vários fatores:
É idoso, tem barba branca e comprida
E para as crianças escuta os pedidos e louvores,
Com carinho no semblante e a alma divertida!

Sua semelhança, geralmente, é de senhores,
Que atendem aos pedidos dos pobres, sem guarida,
E, politicamente os recebem sem rancores,
Para cobrar depois sem lhes deixar saída.

Mas os Papais Noel, são nossos grandes amores,
Que alegram nossas crianças queridas
Eliminando as tristezas e os dissabores.

Vocês amigos, são crianças com vida,
Aceitem vivos Papais Noel, em cores,
E se tornem várias crianças crescidas!... 

A MAQUININHA DE CALCULAR

Quem perdeu, não sei! O certo é que deveria ser de grande utilidade para o perdedor, uma vez que ele estava, possivelmente, calculando no Banco, as suas rendas. Acontece que, naquele instante, ele deixou sobre a mesinha destinada a preenchimento de depósitos da entidade financeira. E, o que deduzo, com a pressa que envolve o ser humano, esqueceu do objeto. De imediato eu teria utilizado a referida mesa, porém , não percebi se tinha algum objeto sobre a mesma, quando me afastei, veio alguém que eu não conhecia, me entregar a pequena maquininha de calcular e me dissse: você esqueceu! No momento, não entendi o assunto, tentei argumentar, mas ele se afastou rapidamente. Fiquei sem saber o que fazer, se entregaria a recepção do banco, gerente, ou a algum funcionário credenciado. Na dúvida, fiquei comigo mesmo a analisar: Se entregasse a outra pessoa, a vítima poderia não ter a oportunidade de procurar e continuaria com o objeto perdido. Então resolvi: "dos males o menor": Fiquei com a maquininha, não que eu necessitasse da mesma, porque eu dispunha de uma bem melhor, mas, se eu não sabia quem era o dono, para que entregar a outra pessoa?   

TODOS SE LEMBRAM DA VOVÓ

Todos se lembram da vovó,
Ninguém se lembra do vovô,
Eu vou lembrá-lo agora só,
A fim de demonstrar o seu valor:

O vovô se casou com a vovó
E por ela se apaixonou
Ela foi o seu xodó
Ela é o seu amor!

Teve filhos com a vovó,
Junto à mesma os criou,
Trabalhou demais sem dó
Para protejê-la com vigor.

Nunca maltratou a vovó,
Jamais dela se afastou
Eu sou o vovô da vovó
E ela é a vovó do vovô!

31 de jan. de 2012

PARABENS À MULHER

Parabens a você, grande mulher!
Deus lhe criou para nossa alegria,
Você é quem a gente muito quer
Para vivermos felizes, toda hora e todo dia!

Parabens a você, grande mulher!
Lembramos da mãe, da avó e até da tia,
Que nos deu amor, carinho e fé
Para nos tornarmos gente com categoria.

Parabens a você, grande mulher,
Com tudo que o mundo lhe propicia!
Paz, amor, saúde e o que mais quiser,
A fim de completar-se à sua sabedoria.

Parabens a você, grande mulher!
Parte dos ensinamentos que existe e existia,
Foram produzidos por uma grande mulher
Que aprendemos a amá-la, quando a vida principia,

Parabens a você, grande mulher!
Desde os primeiros passos a gente se encaminha
Em busca dos seus braços, em um lugaar qualqauer,
Para nos sentirmos seguros em sua companhia.

Parabens a você, grande mulher!
Você foi grande desde criança à mocinha,
Pois produziu outro ser: homem ou mulher
E se tornou com orgulho, a sublime MAMÃEZINHA!